segunda-feira, setembro 28, 2009

Legislativas I

Ainda falta o voto da Europa, o seu círculo e o electrão de valência fora dela. Somados os votos das penúrias Freguesias, todos ganharam. Sócrates disse que ganhou. A Manuela diz que ganha dia 11, o Louçã nacionalizou vitória, o Paulinho das feiras chegou aos 2 dígitos e até o velho Jerónimo teve tanta votação que ganhou com a CDU na Alemanha.
Eu fui lá fazer uma cruz. Marca INRI – acrónimo de Iesu(a) Nazarenus Rex Iudaeorum, "Jesus Nazareno Rei dos Judeus".
Deus os ajude! Um tipo que ainda não trato por tu!

sábado, setembro 26, 2009

Legislativas

Não sei se ainda vou a tempo de opinar sem cumprir escrupulosamente a regra dos sábados de reflexão. Tenho sentido, isso sim, que desde que os senhores deputados abandonaram a assembleia da república para campanha, nada de mal aconteceu ao país. Conheço alguns que mereceriam continuar. Conheço outros, cujo lugar seria na escadaria a discutir futebol com os GNR, o leão de serviço e os seguranças da empresa privada que à assembleia assiste, nada mais aportando em sabedoria que fiscais de linha da liga dos últimos.
O país deixou por momentos a batuta em riste a uma boa centena de directores gerais e muitos, muitos assessores com vínculo provisório.
O poder está então nas mãos das agências de comunicação e o povo do manguito do Bordalo exercita o braço para o ombro.
Há sondagens. Há quem delas discorde. Nesta labuta constitucional de deixar de ser parte, até Cavaco deixou de ter opinião. Como aderi ao novo cartão do cidadão, tenho de votar em Coimbra. Não é isso que preocupa, é o facto de não saber ainda o local onde deixar o voto dobradinho. Dito isto e se mandasse, juiz de círculo de opinião, deixava tudo como está em governo a duodécimos até às presidenciais, altura onde se decidirá este país. Se passei no tempo do post a meia-noite, peço desculpa aos eleitores, não vos quero atrapalhar a reflexão.

terça-feira, setembro 22, 2009

o facebook

o George Clooney é que me compreende (descobri aqui).

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mais, da gripe A

aqui, mais uma tomada de posição da Equipo Cesca (uma organização médica académica espanhola) e de Juan Gérvas, sempre incansável, desta feita, sobre a vacina contra a gripe A que parece que já vem aí, mesmo sem que haja ensaios clínicos controlados e randomizados que assegurem a sua boa relação risco/benefício.

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domingo, setembro 20, 2009

declaração de voto

subscrevo, linha por linha, o artigo de José Miguel Júdice no Público de ontem. (para quem não tem o jornal, clicando sobre o texto dá para ler em tamanho real)





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quarta-feira, setembro 16, 2009

Por desejo

Apenas por desejo, apetecia-me que te caísse uma folha de uma árvore deste Outono sobre esse teu peito desprevenido:
- Um sinal, um movimento, um breve vento
a cantar que mesmo ausente estou contigo!

segunda-feira, setembro 14, 2009

casa das histórias da helena m.

Talasnal, setembro 2009

a casa onde cabem muitas das minhas mais bonitas histórias. quando eu era menina e não sabia pintar. nesta casa também cabe um amor com o que de trágico e imenso o amor e o xisto fazem. a casa das histórias...a minha, já estreou.

quinta-feira, setembro 10, 2009

a tragédia dos partidos

que uma mulher, sóbria e recta como Manuela Ferreira Leite pretende ser (como eu acreditava que fosse, embora não lhe reconhecesse capacidade para liderar um governo), tenha de fazer de conta que:
  • o jornalismo sensacionalista e de enxovalho de Manuela Moura Guedes tenha um valor tal que o seu afastamento só se possa explicar por asfixia democrática;
  • o mundo de Alberto João Jardim seja normal e isento dos métodos de que ela acusa Sócrates;
é para mim do mais trágico que a política partidária ainda me poderia trazer.

(declaração de interesses: nunca tive qualquer filiação partidária mas, nascida numa casa social-democrata, em 25 anos de eleições terei votado PSD mais de 90% das vezes - apenas votei 2 vezes no socialista Fernando Gomes nos seus primeiros mandatos de Porto, com a Manuela Melo, uma vez no PSR, muito, muito no seu princípio e uma vez no Sócrates, a qual penso repetir)

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segunda-feira, setembro 07, 2009

Da ausência

Descarrilei por uns dias. Poder deixar de ser um comboio regular e ser pássaro apenas, outro material circulante. Beber a água no bico das nascentes da Gândara, (que é beber família e antigos amigos de outras guerras!); deixar apenas sombra com um voo rasteiro aos últimos costumes (que é terem-me aqui na linha como se fosse um regular tira-linhas a tinta-da-china) e andar de sabores e saberes fartos (excesso de trabalho como nunca tive na minha vida).
Já não sei o que são férias verdadeiras há três anos! Engano-me porque me enganam… «vê lá se podes!» … «desculpa lá, ainda podes tratar disto?» … «quando morreres terás férias toda a vida, agora é que és preciso!» …
E eu a pensar precioso. Tempo precioso em que tenho de estar disponível. Aprendi a entender que este tempo da idade, situado entre os 30 e os 50 anos, é onde podemos desenvolver em melhor rentabilidade o melhor do que sabemos fazer. O melhor intervalo na idade para o exercício de um médico, um engenheiro, um instrutor de parapente, um sapateiro ou um pescador para vos encher com qualidade latas de atum nos supermercados. Cada um já ganhou a experiência suficiente e, neste tempo da idade, permite-nos produzir trabalho com qualidade suprema, esgotando-nos do saber. Assim ando na minha tarefa dos costumes. É a minha actual tarefa e desafio, fazer bem o que sei fazer! Por isso me ausento, por isso saio da linha sem saber que saí, regressando, como hoje, com os alertas … «onde andas?» … «que fazes?» …
O que faço, mesmo assim. Leio, claro que leio muito. Penso em ti? Claro que penso em ti. Estou disponível? Claro que sim! Ponho os lábios no mosto de novos vinhos, como se não soubesses que isso para mim é uma prece para rezar com copo farto e música a condizer.
Vou à linha? Então não? A Helena e a Mónica são uma fonte inesgotável de alegrias para andar a bater certo o coração.
Que mais quero? Tempo! Que neste tempo passe a fazer o melhor que sei. Não há obsessão! Pelo meio terei tempo para não me descuidar que existes, essa tarefa sem idade onde com os dias nos divertimos.
Quando? É já ali, como sempre fizemos! Lança o desafio…

domingo, setembro 06, 2009

o princípio do mundo



escolhi-o porque, naquele dia, na feira livro, quando alguém perguntou qual era o melhor livro de Richard Zimler, Alexandre Quintanilha respondeu, sem parecer pensar duas vezes, que era este. ainda por cima, um livro que conta uma história que começa no Porto do século XIX.

guardei-o nas malas de férias com o mesmo prazer de quem deixa para mais tarde o melhor pedaço do bolo e foi o primeiro que abri e li, com gula (de manhã ao pequeno-almoço, depois ao sol, na areia, na piscina, sob o toldo no calor tórrido da tarde, ao crepúsculo quente do terraço, com uma cerveja, à noite quando todos iam para os espectáculos do hotel).

e não só concordo com o juízo do prof. Quintanilha (este é o melhor dos 2 livros que já li dele) mas também inscrevi este título na lista dos livros da minha vida (tenho várias destas listas: aqui , aqui e aqui, e já deixei outras tantas, com ligeiras variações, noutros blogs, no tempo em que se faziam listas em cadeia).

"Meia-noite ou o princípio do mundo" é um livro tão belo e tão triste como o "O cemitério dos barcos sem nome", mas tem uma diferença fundamental: enquanto Arturo Pérez-Reverte nos atira para um beco sem saída, nos dá um nó na alma e quase quase nos sufoca, Richard Zimler dá-nos fome de viver, abre-nos caminhos, começa novos mundos dentro de nós.

fanática de livros belos e tristes e que mexam cá dentro, hei-de continuar a ler os dois.

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