terça-feira, dezembro 30, 2008

aviso público

Amanhã, dia 31 de Dezembro, será alterado o horário de funcionamento das estações e dos horários de circulação dos comboios na linha do norte.

Os bares das estações encerram às 21h, os chefes da estação só estarão no gabinete até às 21h30, as reclamações só se aceitam até às 22h, os comboios de mercadoria só poderão transportar grades de cerveja, sapatos de salto, meias de vidro e vestidos de cetim sem costas. Ás 22h30 as carruagens de transporte de passageiro param, em qualquer lugar da linha, abrem as portas e morrem de velocidade um bocadinho. Ás 23h as portas das estações encerram e as praças de táxi esvaziam-se. Fica o mundo calado de comboios.

Ás 23h55 os relógios redondos das estações fechadas, param.

tempo velho


sábado, dezembro 27, 2008

Cheiro a laranja que exala Dezembro

Há cheiros que ficam. No post da Helena está tudo dito. Lembro ainda Mimosas, mas os anos das passagens-de-ano nas Preces foram decisivos. Depois Tábuas, mais maduros. A tua memória do frio. Coisas que se irritam agora na pele e por isso nos coçamos a cada Dezembro que passa. Estou convicto que um dia voltaremos aos antigos sítios com o mesmo despojamento dos saberes. E ali, na janela da direita da capela, esconderemos uma vez mais a garrafa do gin e da macieira, reassumindo a perversa cumplicidade com a Helena, agora partilhando com a Mónica um cigarrito e uma cigarrilha às escondidas da Nossa Senhora da Piedade, Deus a tenha, Deus me faça acreditar que existe para nos ajudar a cumprir esse destino. E dançaremos outra vez, se esse Deus dançar como nos ensinaram que dança.

QUE DIREMOS AINDA?

Vê como de súbito o céu se fecha
sobre dunas e barcos,
e cada um de nós se volta e fixa
os olhos um no outro,
e como deles devagar escorre
a última luz sobre as areias.

Que diremos ainda? Serão palavras,
isto que aflora os lábios?
Palavras?, este rumor tão leve
que ouvimos o dia desprender-se?

Palavras, não. Quem as sabia?
Foi apenas lembrança doutra luz.
Nem luz seria, apenas outro olhar.

Andrade, Eugénio, Antologia Breve


sexta-feira, dezembro 26, 2008

dia 26 era sempre assim...

Dia 26 era sempre assim, a mochila, a alma e o frio cortante misturado com nevoeiro na luz amarelecida dos candeeiros da rua contra o granito da estação de comboios de Viana do Castelo. O primeiro comboio regional com destino ao Porto. Às vezes o sono, às vezes a ansiedade, outras a hipótese de uma felicidade qualquer, mas sempre o frio gretante, o ronçar da carruagem, a geada nas beiras dos campos de milho e o mar como suspeita.

O Porto era o começo da luz, o café mau e quente, os azulejos azuis de São Bento. Quase sempre atravessava o douro, num outro comboio curto, que me deixava ora no apeadeiro de Valadares ou no de Francelos.

Às vezes ia até à praia, ao atlântico invernoso como só as praias do norte deixam sentir e salgar, máquina fotográfica e rolo a preto e branco a aguardar as horas de decência para, do café da praia, ligar para casa dos amigos.

Invariavelmente assim, durante muitos anos, o 26 de Dezembro. Viana – Porto no primeiro comboio da manhã.

Depois partíamos todos. O tempo faz-se aqui de uma espécie de arqueologia de lugares.

Muitas vezes foi a casa grande das Preces, lá para as zonas de Arganil, a camarata onde dormíamos todos em colchões de folheio, onde os banhos eram de água gelada e as noites de pequenos segredos. Foi o tempo de crescer no inverno. De ouvir as horas na torre da igreja e as cervejas no café da aldeia. A carreira pernoitava junto ao coreto e à casa, à espera da primeira viagem da manhã, e era esse o local ideal das primeiras confidências.

Mais tarde foi a casa pequena de Tábuas, o chão corrido para nos deitarmos todos a aquecer corpo com corpo, a rir sem fim. Esta casa lembra-me sempre poemas pequenos de Eugénio de Andrade e o cheiro a laranja que deles exalava (será verdade?). Esta casa tinha uma pequena capela na sua proximidade e eu e o David fazíamos dela o nosso bar, escondíamos a garrafa do gin e da macieira por trás das portadas de madeira da janela. Amiúde vínhamos ao silêncio da noite acender um cigarro e aquecer o corpo pelo gargalo. Primeira, assumida e perversa, cumplicidade com o David.

Destas casas a Mónica também fez parte. A nossa garantia de azul. O cal dos poemas do Eugénio que também cheiravam a laranja. Alguma mais tristeza, tinha ela nesses anos.

Mais tarde foi São Jacinto. A casa pequena, de madeira, alugada ao Francês. A ria num dos lados do mundo e o murmurar do mar vindo do outro, para além do pinhal. Tinha um vestido preto e era bonita.

Deste tempo, o tempo do amor, cada um de nós arranjou um lugar no mundo para acabar dezembro e os anos. Lembro de vir á vila, algumas vezes a pé e outras à boleia dos areeiros, para telefonar do café à Mónica e lhe desejar um bom ano. São Jacinto tinha nesse tempo uma quietude única, aquosa. Depois eram os bailes nos bombeiros, as idas para a praia pela madrugada dentro, e acabar toda molhada com uma onda nocturna.

Depois, foram os carros. O Corsa branco da Mónica e a viagem de quatro mulheres pela Galiza. Lembro de um hostal em Pontevedra onde arranjamos um quarto enorme com quatro camas, viras de frente duas a duas, onde depois da noite no bar nos deitamos e tivemos uma conversa deliciosa sobre os homens e os homens na cama. Temos desses dias umas fotografias tremidas e muito vento. O mar e as estradas rentes. Acabamos em Vigo a mudar roupa no carro, meia preta de vidro, a percorrer os bares do porto, a dançar nas ruas, a procurar os amigos do porto que se desencontraram. Dessa viagem lembro o retorno de madrugada e a paragem em Vila Praia de Âncora à procura da padaria para comprar pão quente. Nevoeiro cerrado e a sirene do farol, nessa praia de todas as minhas infâncias. No Porto apanhei um comboio directo para sul.

Outro carro, o do David, noutro ano. Andava triste, muito triste. Não sei como fui ter a Coimbra, mas nela sempre houve o chão do David, as músicas e o bom vinho. O calor das palavras ou só do silêncio. Em Coimbra sempre houve comboios a chegar e a partir. Sem nada combinado, enfiamo-nos no carro e fomos por terras de Espanha adentro. Primeira noite em Valladolid, um hostal da Plaza Mayor, num quarto para os dois que nem amantes éramos. Andava triste, muito triste. Fizemos essa viagem a acabar dia 31 em Santiago de Compostela. Jantamos com o G e umas amigas americanas. Depois fomos dançar. Dançamos, não dançamos David?...

Raro, mas também houve o sul. O sul no sofá da minha casa. Um retrato bonito que ficou: eu, francisco, isabela, gabriel e manuel.

Ainda houve uma casa, em Afife, para a passagem do século. Éramos muitos, já com filhos, a rebentar outros filhos (como eu!), a celebrar a alegria e o tempo.

Sempre tivemos esta espécie de felicidade de ter usado e abusado do tempo, da felicidade, do amor e do mundo. Sempre o soubemos, e sabemos, faze-lo juntos. Sempre celebramos dezembro, o inverno e a primavera juntas.


E sempre foi invariavelmente assim, durante muitos anos, o 26 de Dezembro. Viana – Porto no primeiro comboio da manhã.

quinta-feira, dezembro 25, 2008

afinal, acredito mesmo no pai natal...

O pai natal existe mesmo! Anda de mota e de capacete na mão entrou num insuspeito prédio da cidade de lisboa, rua antiga com árvores frondosas, à procura de um multibanco.

Eu desci à rua do insuspeito prédio, para saudar um amigo antigo que veio do oriente para passar a época natalicía em lisboa e heis quando, despedida feita, de retorno me cruzo com ele.

Abraço eterno, daqueles que temos sempre guardados para dar, jeito incrédulo de reencontrar, palavras tropegas e alegres, nós assim vestidos de gente profissional e a saudade sempre igual, igual à de sempre, à de todos os tempos, eterna num jeito eterno de gostar... pois é. Passei mesmo a acerditar no pai natal. Ele apareceu-me assim, depois deste reencontro insuspeito com o rui poças.

quarta-feira, dezembro 24, 2008

minha oferenda de Natal

"(...) Tou a gostar do teu ouvido - paciência dele, e do teu bolso, nossas cervejas imparáveis. E pode então ser que vamos estrear aqui uma grande amizade, num sei, muadiê, num sei - vida é mistério profundo só, maresia... Vida? - piano das teclas e das músicas desconhecidas, nós só aqui sentados, bitôuvens desta tarde mulata, ou esta parte do dia não pode ser mestiça?

Pessoalmente, tenho paixão pela cor amarela, especialmente essa assim amarela bem torrada: ela me deixa a cabeça vazia, em calmarias, e eu gosto de ter a cabeça assim vazia pro vento passar nela e eu estar a pensar num grande nada, minhas liberdades de ficar quieto aqui dentro - na cabeça das estórias, e ficar a rir tipo bêbado, riso das alegrias maiores, rir nada de nada, tipo os ndengues, faz conta um gajo tá sentado no muro sem pressas de ir a nenhum lado.

E rir só, a cabeça cheia dos vazios..."

Ondjaki, Quantas madrugadas tem a noite (Caminho, 2004)

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aos amigos III


"Aos Amigos

amo devagar os amigos que são tristes com cinco dedos de cada lado.
os amigos que enlouquecem e estão sentados, fechando os olhos
com os livros atrás a arder para toda a eternidade.
não os chamo, e eles voltam-se profundamente
dentro do fogo.
- temos um talento doloroso e obscuro.
construímos um lugar de silêncio
de paixão"


(Herberto Hélder)

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segunda-feira, dezembro 22, 2008

Cartão de Natal 2008


Este ano, até aos reis, fechamos a linha à passagem de comboios, apenas livres os prioritários. Proibido o trânsito regular na linha. Mudámo-nos para um castelo, onde corre um rio, onde respiram peixes e lá será a nossa festa de sempre. A Mónica decora a mesa na sala grande com uma toalha de seda com enfeites de azevinho, acende candelabros nos seus centros e dispõe uma mesa de copos junto à lareira para a primeira bebida fresca quando chegares. A Helena anda de quarto em quarto a fazer as camas, linho com linho e, em cada uma, dispõe duas almofadas adivinhando noite de amores, esconde poemas nos lençóis de autores felizes, colecção única de selos para futuras cartas, dando, como Deus dizem que deu, graças à Virgem Maria. O David anda de corredor em corredor com uma tocha a acender archotes, iluminando o vosso caminho e bebe, sem elas saberem, um champanhe que encontrou nas cavalariças, coisa de antigos amores entre um pagão e a filha do Rei. Do portão da cidadela, dá bolo-rei aos peixes e canta «los peces en el rio», uma letra que encontrou na biblioteca, deixada por um monge espanhol do séc XVI, mirando como bebem os peixes no rio. A Mónica, sempre em correria, ainda põe uma rosa no altar da Virgem, num vaso cristal de água na entrada da capela e acende uma vela grande entre um arranjo de orquídeas apanhadas no caminho. A Helena apanhou o David a beber, sentado no trono do Rei, trazia um cálice antigo que encontrou debaixo da ara da capela, limpou-lhe o fundo com um lenço que trazia ao pescoço oferecido por um mercador grego, bebeu também em segredo, não fosse a Mónica apanhá-los sem tarefas de atarefar. Tudo está preparado para te convencer a partilhar o Natal connosco. Quando chegares ao portão, toca na sineta. Ladra-te o labrador da Helena que anda a farejar a vida por perto. Não morde. Toca, afaga o animal com carinho e entra. Se vieres com o desejo de chegar a tempo, ainda apanhas o David, também ainda a correr, a colar em todos os sítios possíveis um autocolante azul, «permitido fumar», não vá alguém desistir de partilhar a nossa festa por isso. Tudo está preparado. Até tens uma prenda junto à árvore da lareira, que te será entregue se rezares uma oração à nossa saúde. Falta que chegues. Já estamos quase sentados à mesa. A Helena espreita o forno e diverte-se com o labrador. A Mónica está sentada com o David na varanda, nas cadeiras de palha, falando de Molero e do duelo de florete, bebendo o resto do champanhe. A quem não vem, que só admitimos cabalisticamente por doença, o desejo de melhoras e um FELIZ NATAL 2008.

D H M

domingo, dezembro 21, 2008

inverno


Esta noite tive um sonho premonitório. Belíssimo. Raro.

Há na minha vida três ou quatro sonhos assim, uns belos e outros tristes, que foram o tempo antes dele acontecer. Que me disseram tudo antes de o poder saber. Esses sonhos nunca foram esquecidos e vim sempre, a saber deles, mais tarde. Quase sempre estiveram ligados a homens e a histórias de amor.

Hoje acordei tarde de um sonho bonito que não sei o que é. Cara inchada de uma enorme infecção dentária. A T. com febre. A cadela com vomitos ( sim, temos agora em casa uma cachorra Labrador que nos roí a vida toda). Acordei com um frio manso e uma luz clara e bonita.

Hoje foi dia de abrir as portadas e as janelas todas, arejar dezembro pela casa, dar xarope de febre, xarope de vomito e xarope de dente. Acabar de embrulhar as prendas em papel verde, distribuir algumas pelas casas dos amigos, preparar outras para as encomendas de correio.

Hoje aconteceu o inverno com um sonho belissímo dentro.

inverno

é oficial, chegou o Inverno. e hoje será o dia mais pequenino do ano.

mas, para mim, 21 de Dezembro, com a promessa que traz de um minuto mais de luz por cada dia que passar, inaugura-me a Primavera.

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sábado, dezembro 20, 2008

bloga-me

às vezes, passam-se semanas sem ir. outras vezes, passo por lá e nem percebo porque mantemos esse besugo ordinário nas estações de referência. mas, outras, como hoje, regresso ao fascínio com que descobri a escrita desse blogger (que nunca conheci pelo seu verdadeiro nome, embora, por acaso, também seja médico):

"(...) Nem sequer percebi, ainda. Limito-me a aceitá-lo e a dizer-me adeus, a despedir-me de mim já de mais longe, mais de tão longe do que pensei que viesse a ser possível, com bastante medo, o medo do costume mas que nunca pensei que fosse tanto, mas agora sólido, um medo tão sólido que quem quisesse, se quisesse mesmo, o tocaria."

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terça-feira, dezembro 16, 2008

de comboio

porque quem já atarefou, não tem para atarefar, no passado fim-de-semana fui a Lisboa de comboio. sim, fiz a linha do norte todinha. já não me lembrava como é especial viajar de comboio, sentir os Km desfazerem-se-nos debaixo dos pés, os lugares de sempre a ficarem para trás e um destino-desejo a chegar. já não me lembrava como é passar de comboio rápido, num instante, sem parar, pelo meu apeadeiro (a alegria que se sente, e uma espécie de asas) e, mais tarde, lezíria dentro, saber por uma linha distante de choupos e ciprestes que Lisboa e os amigos e a vida que lá aconteceria já não tardavam.

e nem uma fotografia trouxe para guardar de vez esta memória, esta viagem eterna.

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Atarefar

Apanhei hoje no balcão do Paulo Roda, entre tremoços e um copo de cerveja sem rigores, em conversa de saideira, o termo «atarefar». Dito de quem diz de outro que anda a dar tarefa. Dar muito que fazer. Dar-se pressa. Assim ando, também a atarefar. Corpo moído pelas horas de estrada a começar nessa Lisboa à pressa, capital ainda do império dos dinheiros que me farão vida no extracto do banco, assinar futuro em Castelo Branco, depois pernoitar em Mirandela, absorção e encontro de amores antigos, terra quente, o dia seguinte em Montalegre, gerindo gelo e neve onde já fomos felizes, encontro casual com o Pe. Fontes, bruxedos de um mercantilismo de saberes, venha o diabo e escolha, um almoço de reis em Boticas terminado em bagaço (há quanto tempo não bebia um bagaço com esse prazer!), a alma barrosã e um GPS – a Catarina – a dizer vem por aqui para casa com a cadência do António Gedeão. Ando a atarefar. Breve acabará esta azáfama, ter tempo para o Natal, cuja prenda mais premente será, pelo menos, um tempo de descanso.

domingo, dezembro 14, 2008

á nossa!


quarta-feira, dezembro 10, 2008

mais um dia de trabalho...



mais um insuportável dia de trabalho.

terça-feira, dezembro 09, 2008

porto



Fico do porto com o outono das árvores e o chão da Mónica. Fico do porto com a certeza do frio e o calor dos amigos. Fico do porto com o respirar das histórias das casas antigas e do musgo na pedra e com igual certeza do futuro pela forma como as crianças se riem mesmo à chuva.

Acho o porto uma cidade muito bonita. Muito fotogénica. Com um toque de matrona e aristocrata. Com volúpia. Com um debochado requinte.

O porto tem-nos quase sempre em dezembro. Mais ou menos frio. Mais ou menos chuvoso.Mas tem-nos e nós deixamos. Queremos muito. Agendamos todos os anos, pelo menos este encontro. Este deleite.


segunda-feira, dezembro 08, 2008

Eclisa

Em pedaços nos compomos, compondo as vidas que fazemos. Chegou a época das chuvas outra vez e outra vez habitamos este tempo que já sabemos. Não nos tendo por inteiro, assim, olhos nos olhos como as conchas olham pelo seu buraco, em areias firmes, o lento recuo das ondas, ouvi dizer que a viuvez da amizade às vezes é difícil de suportar. Quem escolhe ainda o ouro desta aliança na constante junção dos nossos velhos carris? Teremos palavras aqui disponíveis para mais tempo?

sexta-feira, dezembro 05, 2008

oito

Para a Isabelinha


Vou contar-te a história duma família muito engraçada, a Família Numérica. Não são muitos, mas adoram parecer que são infinitos. Juntam-se uns com os outros, de maneiras diferentes e fazem-se passar por outros. Adoram fingir-se de muitos. Mas primeiro vou apresentar-te os elementos da Família Numérica:

0 – O Zero é o mais gordinho de todos os elementos da família. Já tentou várias dietas mas nada resultou. Quando não quer fazer nada põem-se à esquerda dos outros, ou então, num assombro de vaidade, se se quer fazer de importante põem-se à direita. Ás vezes, cansado de não ser nada, pede o cinto emprestado ao pai e aperta-o muito, muito para parecer o 8.

1 – O Um é um pouco tímido e muito elegante. Gosta muito de andar sozinho a assobiar. Diz e rediz que nunca se casará… nasceu mesmo para viver sozinho. Um bocadinho singular, este 1….

2 – O Dois é o mais namoradeiro da família, sempre à procura de par.

3- O Três tem a mania que é primo, ou seja, uma espécie de fidalgo númerico.

4, 5, 6, 7 ... inventa a isabelinha

8 - O Oito... ah o Oito! Oito? Hoje, são as velas do bolo de anos da isabelinha.
(vamos continuar esta história?)

rui poças, com atraso



parabéns, rui.

com um dia de atraso. com menos chuva. mas o que é um dia atraso neste atraso enorme que é ser capaz de matar as saudades dele ?

parabéns.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Azáfama

Azáfama, asa sem fama. Ando literalmente preenchido no tempo, cada dedo uma coisa para fazer, cada piscar de olhos uma luz para as tarefas, as mãos fechadas cheias de papéis sem espaço para um copo, o corpo dolente, febril, a precisar de cama e uma boa caneca de mel com limões fervidos na casca. Tenho tudo isso e não tenho tempo. As únicas coisas mais decentes que fui abreviando: um telefonema ao Cabrita para Lugo, sabendo da sua adaptação à neve e ao galego e esta visita para vos dizer que, breve, estou mais disponível para que a linha se faça no nosso vagar.
Pronto.

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