segunda-feira, agosto 31, 2009

do sal

foi nesta praia, com esta luz, que acabei de ler um dos livros mais bonitos dos últimos tempos.


foi na Praia Verde, no Algarve, depois de Tavira, quase, quase, no sul de Espanha. e o livro foi uma retardada e saborosíssima prenda de anos do Nuno (como se tornam raras as prendas de anos que sejam de facto presentes, símbolos do estar presente na vida do outro!) e chama-se "O cemitério dos barcos sem nome". foi a minha primeira imersão na escrita salina de Arturo Pérez-Reverte mas tenho a certeza que voltarei (sugestões para continuar?).

é uma história belíssima, muito, muito, triste e da qual não se sai facilmente, quase um beco sem saída. acabei de a ler ali, com a última luz, mas a tristeza ficou-me ainda muito tempo às voltas por dentro. o fim de tarde passou a crepúsculo e este deu lugar a um fotogénico luar sobre o mar e a uma noite quente tão quente como o dia. jantamos ali mesmo, com os pézinhos na areia (nome do restaurante), assistindo à felicidade das crianças que anoiteciam às caçadinhas nas dunas. mas o livro continuou-me a doer, como uma faca no lugar do coração.

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1 Comments:

At 1:36 da manhã, Blogger David (em Coimbra B) said...

Que grande campo esse em Almaça. Dava dinheirinho farto pelas gravações...

 

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