linha do norte
domingo, maio 31, 2009
sábado, maio 30, 2009
Joeirar

sábado, maio 23, 2009
tarde na cozinha
Cá em casa o gourmet e mestre, é o pai. Faz da culinária um prazer e uma criação. Junta as ervas aromáticas como eu as fotografias. Inventa pratos como eu histórias loucas para as crianças. Pede-me apenas que o deixe sózinho com a casa toda, a música e o copo de vinho branco. E eu deixo, feliz.
Mas hoje resolvi eu assaltar a cozinha a tarde toda enquanto ele passeou o cão pela serra, uma delas está numa festa de anos e a outra anda a brincar com os vizinhos na rua (ora passeam o coelho preto da vizinha jordana, ora competem a ver quem apanha mais formigas).
Cozinha: que espaço esquecido este e que bem me soube voltar uma tarde inteira. Janela aberta. Tarde entre o azul e o cinzento. A farinha nas mãos, o cheiro forte a caril, o palito no bolo. Que prazer primário e esquecido.
Mas hoje resolvi eu assaltar a cozinha a tarde toda enquanto ele passeou o cão pela serra, uma delas está numa festa de anos e a outra anda a brincar com os vizinhos na rua (ora passeam o coelho preto da vizinha jordana, ora competem a ver quem apanha mais formigas).
Cozinha: que espaço esquecido este e que bem me soube voltar uma tarde inteira. Janela aberta. Tarde entre o azul e o cinzento. A farinha nas mãos, o cheiro forte a caril, o palito no bolo. Que prazer primário e esquecido.
livros no metro

custou-me 350$00 em 1996, este e cada um dos outros livrinhos com a chancela da Expo 98 que 2 anos antes apareceram nas livrarias. as capas eram assim alegres, o toque macio e o tamanho vinha acoplado a um preço muito tentador para os títulos e escritores que traziam dentro. a colecção somava 98 unidades das quais acabei por comprar uma dúzia mas, mais de 10 anos depois, e apesar de colocados numa das minhas prateleiras preferidas (mesmo à frente deste meu posto de trabalho diário e encostados aos livros do João Lobo Antunes e do Daniel Sampaio), nunca li nenhum deles até há dias.
andava há muito para resolver o conflito entre o gosto de ler no metro e a dimensão da minha carteira. subitamente lembrei-me desta colecção, escolhi um ao acaso e está a ser fantástico. a viagem de 10 minutos para cada lado dá para ler meia dúzia de páginas e deixa-me sempre um sabor a pouco. acho que até me olham com inveja quando saco da carteira este volumezinho cor-de-laranja. e aqueles que conseguem, do outro lado do banco, descortinar o nome do Jorge de Sena, esses até se roem. e eu vou lendo.
Etiquetas: Jorge de Sena, livros
quinta-feira, maio 21, 2009
Parabéns H.

Passa, passa devagar, atrasa-te!
Dança, se te apetecer,
como costumas fazer numa conversa.
presente
só para dizer que estou cá neste dia, o dia da Helena. e também do Joaquim. presente. e deixo presente: uma musiquinha mais de hoje para que comemorar os nossos "entas" possa ser ainda dançar o presente. e sonhar o futuro.
parabéns Helena.
parabéns Joaquim.
sábado, maio 16, 2009
soube de...
Soube pouco, mas soube. Ontem na Feira do Livro, no stand dos Livros Horizonte, soube da Teresa Leonor Vale. Perguntava amiúde por ela. Onde lhe ficara a história e a poesia. Por onde lhe corria a vida. Que palavras lhe sobravam.
Ontem, encontrei três livros dela sobre arte, trabalhos académicos. Uma temática proxima da influência do barroco italiano na nossa lusa arte. Procurei-lhe o retrato na badana da capa. Nada. Mas soube que se doutorara na Universidade do Porto, que mantém carreira académica ligada à História da Arte. Lembro-me vagamente de ouvir contar das suas, e do CG, viagens a Itália. Lembro o retrato sereno, tardio e azulado. Lembro as palavras. Soube dela. Respira. Não sei onde lhe sobram as palavras.
Ontem, encontrei três livros dela sobre arte, trabalhos académicos. Uma temática proxima da influência do barroco italiano na nossa lusa arte. Procurei-lhe o retrato na badana da capa. Nada. Mas soube que se doutorara na Universidade do Porto, que mantém carreira académica ligada à História da Arte. Lembro-me vagamente de ouvir contar das suas, e do CG, viagens a Itália. Lembro o retrato sereno, tardio e azulado. Lembro as palavras. Soube dela. Respira. Não sei onde lhe sobram as palavras.
Eu espero...
Estive hoje na Feira do Livro à hora de almoço.
(Gostei da Feira, do respirar dos stands, do novo horário que deixa usar com livros a hora do almoço).
Voltei à noite com as crianças. Frio. Muito frio.
(O livro da Alice Vieira, "A Charada da Bicharada",ilustrado pela Madalena Matoso inexplicavelmente não constava do stand da Texto Editora/Leya...é que foi com ele que a Madalena ganhou, agorinha, o prémio nacional de ilustração!)
Encontrei um livro genial. Genial. As meninas do Planeta Tangerina já dele tinham falado, mas te-lo... é estonteante de admiração. Falo do “Eu espero...” da Bruaá Editora.
Aquele livro deu-me um nó. Vermelho.
(Porque será?)
(Gostei da Feira, do respirar dos stands, do novo horário que deixa usar com livros a hora do almoço).
Voltei à noite com as crianças. Frio. Muito frio.
(O livro da Alice Vieira, "A Charada da Bicharada",ilustrado pela Madalena Matoso inexplicavelmente não constava do stand da Texto Editora/Leya...é que foi com ele que a Madalena ganhou, agorinha, o prémio nacional de ilustração!)
Encontrei um livro genial. Genial. As meninas do Planeta Tangerina já dele tinham falado, mas te-lo... é estonteante de admiração. Falo do “Eu espero...” da Bruaá Editora.
Aquele livro deu-me um nó. Vermelho.
(Porque será?)
sexta-feira, maio 15, 2009
Dois homens, o meu destino

Outro pequena-almoça-ao-almoço. Tem o seu trabalho todo condensado no blueberry portátil e exerce as suas capacidades na digitalização da agenda. É um vivo do mundo hertziano. Toma duche de fim de tarde, pega no carro, apanha a primeira entrada da auto-estrada e confere conhecimento nas Conferências do Estoril. Assiste em silêncio a Tony Blair, Aznar, Yegor Gaida, Danny Leipziger, Daryl Hannah, Seyed Hossein Adeli, entre outros. Ceia na área de serviço e um dia longo. Assim consome as noites.
O meu recente destino tem sido cruzar-me com um e com outro nas suas dimensões. Ambos me falam do que melhor sabem. A mesma riqueza. Assim nos construímos.
quinta-feira, maio 14, 2009
as coisas bonitas, dizem-se...
As coisas bonitas, dizem-se. As coisas a descobrir, segredam-se.
Não posso deixar de vos segredar: Lisbon Walker.
“Descobrir a cidade na companhia de guias entusiastas e conhecedores é a missão do Lisbon Walker, complementando as limitações naturais dos roteiros de viagem, para revelar a verdadeira personalidade desta cidade única. Os passeios a pé realizam-se todos os Domingos às 14h30 em Português e diariamente em Inglês.”
Cidade Velha:1º domingo de cada mês
Lisboa Cidade de Espiões: 2º domingo
Lendas e Mistérios: 3º domingo
O Terramoto de 1755: 4º domingo
Sétima Colina: 5º domingo
Podem e devem esperitar o site,http://www.lisbonwalker.com , lindíssimo.
“Cheguei a Lisboa, mas não a uma conclusão” Fernando Pessoa.
Não posso deixar de vos segredar: Lisbon Walker.
“Descobrir a cidade na companhia de guias entusiastas e conhecedores é a missão do Lisbon Walker, complementando as limitações naturais dos roteiros de viagem, para revelar a verdadeira personalidade desta cidade única. Os passeios a pé realizam-se todos os Domingos às 14h30 em Português e diariamente em Inglês.”
Cidade Velha:1º domingo de cada mês
Lisboa Cidade de Espiões: 2º domingo
Lendas e Mistérios: 3º domingo
O Terramoto de 1755: 4º domingo
Sétima Colina: 5º domingo
Podem e devem esperitar o site,http://www.lisbonwalker.com , lindíssimo.
“Cheguei a Lisboa, mas não a uma conclusão” Fernando Pessoa.
Quem me ensina esta frase, merece tudo! Como merece o JV.
terça-feira, maio 12, 2009
Para o Diogo Zé
O Meu Coração DesceO meu coração desce,
Um balão apagado...
- Melhor fora que ardesse,
Nas trevas, incendiado.
Na bruma fastidienta.
Como um caixão à cova...
- Porque antes não rebenta
De dor violenta e nova?!
Que apego ainda o sustém?
Átomo miserando...
- Se o esmagasse o trem
Dum comboio arquejando!...
O inane, vil despojo
Da alma egoísta e fraca!
Trouxesse-o o mar de rojo,
Levasse-o a ressaca.
Camilo Pessanha, in 'Clepsidra'
Aço Negro

O sol subirá a pique e de preto ficará apenas um rasto de sombra na memória, presumo que iluminado pela faísca do nosso último firme cumprimento de mãos.
domingo, maio 10, 2009
quarta-feira, maio 06, 2009
por quem os sinos dobram
vivo todos os dias com a certeza de que a morte só acontece aos outros. sei que não é assim mas, no fundo, não chego a acreditar no que sei. a não ser quando os sinos dobram nas torres das igrejas de sempre, as mesmas onde tantas vezes celebramos a vida (os nascimentos, as etapas vencidas, as escolhas). quando os sinos dobram são desespero puro (cruéis e implacáveis) e então sei que eles dobram por mim, e pelos meus.
Etiquetas: morte
domingo, maio 03, 2009
os nossos dias
acordei a escrever na cabeça que ser mãe eram coisas extraordinárias como "aprender a levantar pedras para resgatar flores esmagadas", ou "sacudir a terra com jeito para revelar as raízes". mas depois começou um daqueles dias em que ser mãe é apenas ser mulher e carregar o fado de levantar o mundo adiante. e, queira ou não, transmitir isso aos meus filhos.