sexta-feira, maio 15, 2009

Dois homens, o meu destino

Um trabalha todo o dia com uma máquina na pedreira. «Que força é essa, que força é essa, que trazes nos braços?» Almoça em 15 minutos. Regressa ao fim de tarde e tem sempre um convite na boca para a sua adega, para que com o vinho eduquemos os lábios e as conversas. Deixa-nos sair contrariado. Não janta. Pega no tractor e lavra uma vinha que nos dará um vinho precioso. Ceia e uma noite longa. Assim consome os dias.

Outro pequena-almoça-ao-almoço. Tem o seu trabalho todo condensado no blueberry portátil e exerce as suas capacidades na digitalização da agenda. É um vivo do mundo hertziano. Toma duche de fim de tarde, pega no carro, apanha a primeira entrada da auto-estrada e confere conhecimento nas Conferências do Estoril. Assiste em silêncio a Tony Blair, Aznar, Yegor Gaida, Danny Leipziger, Daryl Hannah, Seyed Hossein Adeli, entre outros. Ceia na área de serviço e um dia longo. Assim consome as noites.

O meu recente destino tem sido cruzar-me com um e com outro nas suas dimensões. Ambos me falam do que melhor sabem. A mesma riqueza. Assim nos construímos.

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