foi assim
uma semana a dormir 10 horas por dia, a comer pão alentejano torrado com manteiga, a ler e a apanhar sol de manhã à noite (com dois diazitos de chuva pelo meio que só serviram para dormir, comer e ler ainda mais). e mais não digo para a inveja não invadir a linha.
li três livros intensos (além de dois que nem por isso):
- Sinais de fogo (Jorge de Sena): prometido a mim própria desde que o descobri meu desconhecido na listagem dos "cinco romances portugueses dos últimos 30 anos" promovido há uns meses pelo A natureza do mal *. É um livro que nos prende pelo pescoço, duro (uma espécie de Fado Alexandrino - também muito referido na votação desses "5 mais" - dos anos 30) mas que se lê sem dó e com o mesmo embalo da escrita de "Noutros Lugares".
- Borges e os orangotangos eternos (Luís Fernando Veríssimo): um livro feliz descoberto num feliz acaso (D vou-to emprestar logo que H mo devolva, é uma escrita que me lembra de ti ao virar cada página).
- As duas águas do mar (Francisco José Viegas): um romance vestido de policial (a lembrar com saudade Manuel Vazquez Montálban) repleto de paisagens que revestem o meu imaginário, Finisterra, na Galiza, e a ilha de S. Miguel
*por lapso, na 1ª versão deste post, referi que a iniciativa havia sido do Da literatura, blog também muito activo na divulgação da mesma
Etiquetas: férias, Francisco José Viegas, Jorge de Sena, livros, Luís Fernando Veríssimo, Manuel Vásquez Montálban
4 Comments:
Inveja pura. Trás lá esse Borges... e pão torrado! E a cadeira e o chapéu e o mar...
Chapéu...?!!? Tss, tss... guarda-sol se fizer o favor. Abraços, beijos, saudades para e dos 3!
e eu que fiquei, na casa, com dois pedaços deste espólio ( dois destes livros) e um bocado de pão alentejano! M parou a deixar um pouco de areia, um bocado do " foi assim"....
fica combinado que Borges e os orangotangos regressarão a Campanhã pela linha, com paragem em Coimbra-B
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