o complex do simplex
fui hoje forma(ta)da para aquela que, pelos vistos, é considerada "uma das medidas mais emblemáticas" do programa Simplex: a marcação (a partir do Centro de Saúde) de 1ªs consultas hospitalares por via electrónica. saudando, evidentemente, o princípio da ideia (informatizar, informatizar, informatizar), que permitirá curar muitas maleitas de que padece o actual sistema (de cartinhas para cá e para lá), além de permitir, por exemplo, que um dia se possa saber, afinal, quantos pacientes esperam há quanto tempo por cada consulta hospitalar,
saudando, evidentemente, a ideia, fico abismada e incrédula
(e a bradar aos céus)
por, para a referida marcação electrónica, o Ministério da Saúde ter adquirido uma aplicação informática nova, diferente da usada no meu dia-a-dia para todas as restantes tarefas da consulta (e que até já continha parte das tarefas agora propostas).
assim: quando esta "emblemática" medida de simplificação entrar em vigor eu vou trabalhar com 2 aplicações em simultâneo. numa tenho uma agenda, faço registos clínicos, arquivo o historial dos pacientes, emito receitas e credenciais várias e uso um sem fim de instrumentos úteis à consulta. noutra, peço consultas hospitalares: abro uma nova e sofisticada aplicação onde os necessários dados clínicos do paciente terão de ser inseridos de novo (digitando-os ou fazendo todos os copy-paste necessários). simplicíssimo, não? (é que deve ser mesmo muito difícil introduzir mais essa função na aplicação anterior)
não, ainda não me acredito. e não, não é asneira própria deste ou daquele governo. isto só pode estar inscrito (em papel azul e devidamente carimbado) no DNA lusitano.
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