vagar...
Misturar o fazer café com o ensinar a por travessões nos diálogos escritos, tudo ao mesmo tempo, com a janela aberta e Novembro a entrar. Mais uns copos na máquina, do último vinho da última noite do último escuro e ensinar a linguagem escrita a quem, pequeno, no canto da mesa grande a tenta a lápis de carvão.
Falar de escrever ou de contas em pé e cheirar a café forte ou a rosmaninho, bem pertinho nos cantos da casa, ajeitar os pregos para por na parede e responder às dúvidas da ciência, tem tudo a mesma importância. Esta de haver uma ordem gostosa para as coisas misturadas.
Esta desorganização de assuntos simultâneos parece-me a imagem feliz da vida. Hoje pareceu-me. Sábado a começar a tarde, cheia de luz a casa. Um vagar sereno que me basta para sentir plena e de alma arrumada, porque tudo o mais na ordem desse vagar pode ser aleatório. Já agora… com um café forte e um cigarro lento.
Falar de escrever ou de contas em pé e cheirar a café forte ou a rosmaninho, bem pertinho nos cantos da casa, ajeitar os pregos para por na parede e responder às dúvidas da ciência, tem tudo a mesma importância. Esta de haver uma ordem gostosa para as coisas misturadas.
Esta desorganização de assuntos simultâneos parece-me a imagem feliz da vida. Hoje pareceu-me. Sábado a começar a tarde, cheia de luz a casa. Um vagar sereno que me basta para sentir plena e de alma arrumada, porque tudo o mais na ordem desse vagar pode ser aleatório. Já agora… com um café forte e um cigarro lento.
3 Comments:
eu podia viver assim, a importância dessas coisas bastava-me
"Um vagar sereno que me basta ..."
Identifico-me com esta imagem. Gosto desta escrita.
Isabel Victor. Passageira frequente (em silêncio ... a-ver-passar-os-comboios ...)
Abraço
o cheiro a café...já não o bebo ( nem fumo) sou um tipo ligth. mas, porque as mulheres serão sempre mais fortes e duradouras do que nós, ainda tenhoi o privilégio de acordar de manhã com esse cheiro forte a abrir-me o apetite para a vida.
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