sexta-feira, novembro 02, 2007

Desamores de rés-do-chão

Teimaste, teimaste, que querias lareira, não te importando que fosse num resguardado rés-do-chão. Ainda te cheguei o cobertor, sabendo que pelo chão vives, sempre cúmplice das sombras.

Este já penoso sol contraria a lareira em que vais insistindo, acesa como todos os meus desejos, paveia a paveia para arder e dar luz aos copos, dois, o meu e o teu sobre a mesa.

Até te esqueceste das nozes prometidas.
Queres que fique!
Sem varanda
onde é que penduro
p’ra secar
a roupa que à lareira
me prometeste comprar?


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