Sentidos
Quando as coisas da vida presas nos bolsos começam a beijar o contorno de um vagar que há pouco guardaste comigo, porque não ouves a música do Verão que nos sobra das mãos, a frescura da sombra que cresce entre os nossos passos, na pele da nossa pele, e te recolhes à caixa das cartas, e tiras uma ao acaso - uma do nosso maço! e desejas que as palavras que há pouco te deixei no ouvido sejam as mesmas que relês, e que tudo isso fosse apenas um avivar de memória de quem sabe de um vinho antigo a que sabem os nossos lábios.
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