domingo, julho 08, 2007

Conímbriga e Coimbra

Dois castelos, três mosteiros, um palácio e uma torre, são?... as novas sete maravilhas de Portugal. Confesso que não assisti ao espectáculo e duvido muito que essa hierarquia seja reconhecida pelo comum dos portugueses, passe o interesse mediático de alguns.
Feitas as contas, a estação arqueológica de Conímbriga e a Universidade de Coimbra são dois arquétipos que ruíram na mente lusitana. Sucessivas gerações foram educadas na tradicional visita de estudo a Conímbriga e ali lhes diziam junto às termas da casa de Cantaber, que bem perto estava o seu futuro, a Universidade dos sonhos, a Coimbra dos doutores.
A escolha de ontem prova que Coimbra é um mito apenas e campus como Aveiro, Vila Real, Beira Interior, Évora, entre outros, atraem cada vez mais os mais novos às sebentas do saber, fugindo do umbigo de Coimbra que tem hoje demasiados olhares antigos e pouca estratégia.
Conímbriga é-me mais querida, porque ao meu trabalho pertence. A culpa não é do Director nem da sua equipa, mas da Administração Central que lhe rouba as receitas, mantendo-a como um velho num lar de idosos.
As 7 maravilhas provaram que Coimbra deixou de ser desejo e comprovaram as sucessivas baixas de visitantes a Conímbriga.
Coimbra tem massa encefálica suficiente para dar a volta. Conímbriga precisa urgentemente do processo de regionalização que defendo. Quando a estação arqueológica não depender do Terreiro do Paço, o seu terreiro terá orçamento para realizar o que andamos todos a pôr no papel e, quem sabe, terá os instrumentos que alimentarão a imaginação e a animação que merece, porque gente competente tem lá em abundância.


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