quinta-feira, setembro 28, 2006

mais ninguém escreveu assim sobre a passagem do tempo


"Agora vou dizer como setembro
se aproxima do fim.
E a névoa, da boca do rio.
Setembro foi sempre das colinas

um rebanho de luzes inocentes,
um ramo de estorninhos,
um assobio
distante desafiando o vento.

Um resto de esplendor cantava ainda
na relva, era talvez a voz
do meu amor, um rapazito
vinha vindo devagar.

E o pastor."

Eugénio de Andrade, Branco no Branco, 1984

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1 Comments:

At 12:11 da manhã, Blogger David (em Coimbra B) said...

Só apetece dizer:
- OBrigado. Boa-noite!

 

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