sábado, setembro 23, 2006

fábula dedicada à gente das escolas


Esta é do arquivo, das aulas de HR quando provocava. Passo a citar:

«Era uma vez…
Bem. Neste caso, os animais acharam que era mais que tempo de encontrar uma solução radical para enfrentarem os problemas do novo mundo. Então, organizaram uma escola.
Fixaram como actividades do programa: correr, trepar, nadar e voar.
E, para facilitar o trabalho de cada um, decidiram que todos os animais deviam seguir todos os cursos.
O pato nadava muito bem… melhor até que o seu instrutor. Mas mal chegava à mediania no voo. Na corrida, fraco. Estava tão atrasado nesta matéria que, acabada a aula, tinha de ficar mais tempo a repetir. Resultado: abandonou a natação para se treinar na corrida. Isto, até que os pés espalmados ficaram em tiras. É claro que a nota da natação desceu. Mas um aluno médio é muito aceitável em qualquer escola e ninguém se afligiu com o caso, a não ser o pato.
O coelho encabeçava a classificação na corrida. Mas sofreu uma depressão nervosa, tal o seu trabalho para conseguir nadar.
O esquilo era excelente a trepar, até ser atacado de complexo no curso de voo, pois o professor queria que ele arrancasse do pé da árvore para o cimo em vez de lhe mandar o contrário. Apanhou um entorse em razão do cansaço excessivo e ficou nos últimos lugares na subida e na corrida.
A águia era um aluno problema, muito indisciplinado. No trepar, batia os outros e chegava sempre primeiro ao cimo da árvore. Mas recusava-se a seguir as normas estabelecidas pelo professor.
No fim do ano, uma enguia normal, que andava maravilhosamente e corria, trepava e voava um tudo nada, obteve a média mais alta e levou o primeiro prémio.
Então os cães organizaram um piquete de greve diante do Ministério da Educação Nacional e recusaram-se a mandar os filhos à escola, pedindo que fosse acrescentado ao programa a arte de escavar o chão e fazer uma toca.
Finalmente, já desesperados, entregaram o filho a um texugo e, mais tarde, chegaram a acordo com arganazes e toupeiras para abrirem uma escola particular que, segundo dizem, promete bastante…»

(Fábula composta por G. H. Reavis, inspector das escolas públicas de Cincinnati, USA)

1 Comments:

At 9:18 da manhã, Blogger Mónica (em Campanhã) said...

oh D, tu não me fales da gente as escolas que parte da vida de cão que ando a levar tem a ver com ela, uma espécie de gente bem diferente do nosso HR... já pensei postar sobre isso mas acho que nem me apetece, de tão fula que ando.

anyway, a fábula é fantástica. tenho a sorte de o meu filho ser uma enguiazita despachada senão não sobreviveria ao modelo de escola (pública) em que anda

 

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