domingo, setembro 17, 2006

clássico da sabedoria


Fim-de-semana de volta de um clássico. Os sete pilares da sabedoria, de T. E. Lawrence. Agora que o mundo árabe faz cada vez mais parte das nossas vidas e o Papa Bento XVI anda à toa, percebê-lo, é um bom passo para ter opinião. Melhor que estas palavras de viagem, só mesmo as imagens de Peter O’Toole no Lawrence da Arábia.

«Lloyd e eu marcámos o ponto da via férrea onde tencionávamos atravessar, logo abaixo de Shedia. Quando as estrelas se elevaram no céu, decidimos que deveríamos orientar-nos por Oríon. Por isso, pusemo-nos a caminho e seguimos Oríon horas sucessivas, sem que a estrela parecesse estar mais perto de nós e sem que houvesse sinais de alguma coisa entre ela e nós. Desembocáramos das cristas numa planície, e a planície era interminável e monotonamente raiada por leitos de uades pouco profundos, com margens baixas, planas e direitas, que, à luz leitosa das estrelas, nos pareciam sempre obra humana, o tão esperado caminho-de-ferro. O terreno era firme, e o ar fresco do deserto, que sentíamos no rosto, fazia que os camelos avançassem energicamente. Lloyd e eu adiantámo-nos para observar a linha…»

1 Comments:

At 7:27 da tarde, Blogger Mónica (em Campanhã) said...

saudades do deserto, onde não estive senão perto... saudades de outro Lawrence, o Durrel, que também escreveu divinamente o deserto

 

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