sábado, julho 29, 2006

caderno de duas linhas - VIII


VIII
Acabei agora mesmo de passar a língua na goma da cola, de fechar o envelope.

Deixei palavras riscadas a azul que cheiram ainda a perfume de maçã. Passava as noites a ouvir as maçãs a caírem das árvores no escuro. Ainda cheiram as maçãs assim como os limões. A terra tem muitos ruídos, o calor abafa. Trouxe o cheiro a maçãs que ficou na rasura das palavras da carta que te escrevi.

Pus as chaves dentro. A goma da cola do envelope... vens?

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