sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Liedson da Silva Muniz

Nasceu na Baía um baiano que me provocou nos últimos 7 anos gritos vitoriosos na boca, desajeitado com andar gingão, atleta do meu Sporting que respira GOLO como bebo traçados de vinho com a gasosa das emoções, cesto de nozes, ou mulheres decisivas que também me afectam como ele o coração.
Fez há pouco dois golos, uma argúcia dos predestinados, vi todo o seu último jogo entre torradas e queijo fresco, a mesma frescura com que troca os pés aos defesas à entrada da área.
Despediu-se emocionado do cenário de Alvalade e deixou-me (já começou) um percurso de saudade. Homens como este, destas mesmas alegrias, lembro-me do Damas, do Manuel Fernandes e do Jordão. Pronto, e do Hector Yazalde (Chirola), meu primeiro ídolo a sério nas campanhas do verde-branco.
Foi português de Selecção, fala a língua e a necessidade da portugalidade nos mais capazes. Foi cartazes, «Liedson resolve!». 173 golos.
Quando marcava,
abria a mão em eco de orelha, ouvindo todos,
a festa da bancada,
esse grito da felicidade dos simples.
Estes nomes ficam na memória. Os outros apenas músculo, alguns desenhos no relvado e salários que não ganharemos nunca.
Amanhã todos os jornais e noticiários, se forem sérios, colocarão nas manchetes um nome: LIEDSON. Tudo o resto começará a fazer parte da memória! E não fez mais golos para meu regozijo, porque não tinha jeito para penalties!

1 Comments:

At 1:27 da manhã, Blogger  said...

Amigo,
Sei o que é a felicidade futebolística! ( e de que maneira!) Só hoje vim andar neste combóio e só hoje vi este post! Ainda bem que o fizeste!
Com diz o outro, o meu coração só tem uma cor, como o teu. O meu é azul e branco, o teu é verde e branco e tem os calções pretos. Mas é só uma cor. A do deslumbramento e do prazer do futebol. Seja ele de que cor for!
Há muito tempo que não bebemos juntos um copo...

 

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