terça-feira, novembro 23, 2010
Isto é um exercício antigo.
Estender-me na linha por prazer,
o regresso a casa,
abrir as janelas das carruagens a arejar o nosso ar,
apertar na mão um copo do waggon-bar,
acertar o calendário como uma dose de sal num refugado,
recolher à sala grande vendo-vos no espelho da parede por baixo do relógio como fotografia de mulheres de família.
O facebook é sempre provisório como os velhos cigarros dessa marca.
A linha alinha. Lemo-nos aqui menos vezes? Num único parágrafo ainda são as palavras as coordenadas mais decisivas!
Quase não me recordava da password e tenho saudades de colocar música nos carris. Ainda se consegue Mónica, ou o silêncio campeia as paisagens? Tens novas palavras Lena, daquelas que nos agitam o prazer de estarmos vivos?
Voltar a casa é serenar os acordes da vida!
Parece que chego de uma viagem contra o tempo. Pronto, embrulhem lá um sorriso como aquele que deixava cair quando dávamos as mãos para o nada e outros nenhures. E essas pequenas promessas de um outro dia estarmos apenas, a palavra solta, que ainda nos merecem a vida e me agitam, momentos breves, o velho coração?
3 Comments:
voltamos sempre ao local do crime. aos lugares onde fomos incrivelmente felizes. é bom saber isso, tanto tempo depois.
música já não sei por, os sítios onde alojávamos a música gratuitamente acabam sempre por pifar.
voltamos sempre a certos lugares!!
ou há lugares nos quais permanecemos sempre, sem dar por isso, mas por cá ficamos!!!
sobretudo sabe bem entrar no comboio e sentir que o conhecemos e que nele nos sentimos em casa.
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