quinta-feira, junho 17, 2010

história(s)

Para ML e AL

Gosto muito de histórias de amores, não me refiro às dos livros nem do cinema, mas daquelas que respiram perto de nós. Que acontecem sem que o mundo se perturbe. Como aragens imperceptíveis em dias de verão sufocantes.
As histórias de que falo têm sempre o acaso de duas pessoas. O amor é mesmo o mais perfeito dos acasos. É um acerto suspenso na hipótese de desacerto. É uma história que acontece de outras histórias e que vive com o temor permanente do fim. É a história do indivisível entre as frases quentes, os parágrafos suspensos, a estranheza da pontuação, os olhares depois da vírgula, o ponto final na dobra do lençol.
E este mistério de uma cada história; com acção autónoma, personagens distintas, sombras e luz própria; se poder juntar numa só história… fascina-me.
É como se um vendaval ao rasgar as folhas de dois livros, os fizesse, na acalmia, um só. ( Como conseguir uma história juntando a história da Branca de Neve e os Sete Anõezinhos e a história do Peter Pan!)
Há histórias bonitas que parece que se esperaram para poder acontecer. O tempo, é neste acaso, determinante.
As verdadeiras histórias de amor são fáceis. Porque o amor um é fácil, difícil de chegar.

Como acertos de luz, a história em que penso.

4 Comments:

At 10:53 da tarde, Blogger David (em Coimbra B) said...

Esta Tatiana é Coreana? Excelente!

 
At 2:05 da tarde, Blogger Rita Maria said...

Muito bonito e muito verdadeiro, a normalidade e a facilidade das coisas muito bonitas e a beleza das coisas 'fáceis' e 'normais' 8também se pode comentar em caracteres ocidentais?)

 
At 5:02 da tarde, Blogger Novo Jornal Online said...

Ando aqui a ver se passam comboios e nada, nadinha.

 
At 9:28 da manhã, Blogger DM said...

:) beijinhos

 

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