quinta-feira, maio 22, 2008

a feYra

hoje ainda era o segundo dia, mas eu já estava. às três e meia em ponto e sem dar por isso a fazer filinha para entrar. mas desta quase que me vinha embora sem nenhum livro, e sem grande vontade de voltar. os livros que levava na cabeça não me apareciam nas esquinas habituais (há uma geografia da feira que se vai desenhando nos nossos hábitos e que este ano foi baralhada).

a certa altura encontrei vários num stand imenso chamado "Inovação à Leitura" que, ainda por cima, anunciava 20% de desconto em todos os títulos (parece que se trata de uma distribuidora de Braga que trouxe à feira do Porto os livros das editoras integradas na ausente LeYa). mas ali era o diabo conseguir ser atendida. e passei por tudo 2 vezes: uma pelos livros que os filhos queriam, outra depois, on my own, enquanto os pequenos brincavam no espaço próprio. o balcão era imenso e os que estavam do lado de dentro nem sempre estavam atentos a quem precisava de ajuda. do lado de fora muita, mas mesmo muita, gente. a mexer, a fazer perguntas e a querer pagar.

ao meu lado um homem mais alto chegado depois de mim conseguiu atrair primeiro a atenção do funcionário: queria saber se não tinham "o outro livro" de Amos Oz (na bancada estava exposto "O Mesmo Mar"). o senhor do lado de dentro olhou com ar perdido para a capa e percorreu numa vaga diagonal as prateleiras enquanto repetia baixinho "o outro livro", concluindo "acho que não, não temos". não tinham "Uma História de Amor e Trevas", mal sabiam que existia. perante isto foi sem muita esperança que perguntei, por meu turno, se tinham o primeiro volume de "Millennium" ("Rumo a Cabul") de Manuel Vasquez Montalban (o primeiro estava exposto). mais um olhar perdido pelas prateleiras e que não, parece que não tinham.

segui em frente e, 2 stands depois, ainda estava na Inovação e Leitura, agarrei-me a 2 livros do Ondjaki (cuja pinta me impressionou num texto d'A Origem das Espécies). já ia pagar quando resolvi aproveitar para comprar também um diccionário que fazia falta. azar o meu: o diccionário não tinha preço marcado e lá estive, tempos infindos até que se descobrisse quanto custava. escusado será dizer que, quando descobri, uns metros à frente, um José Luís Peixoto que me apetecia trazer, ainda pertença da Inovação à Leitura, logo pus de parte a hipótese de voltar a tentar ser atendida.

salvou-me a feYra o stand da Quasi que só encontrei muito no fim e de onde trouxe um tesouro em duplicado que aqui não conto pois um dos exemplares será, para cumprir a tradição, a minha prenda de anos para a Helena.

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1 Comments:

At 11:07 da tarde, Blogger JPN said...

afinal já vieste...

 

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