quarta-feira, maio 21, 2008

John Terry

Quando marcava penáltis e era um jogador sofrido (sim, havia quem em mim ainda confiava!), lembrava-me sempre das distâncias: a bola a 11 metros, a baliza com os seus 7,32 de largura e 2,44 de altura, métrica decidida algures nas ilhas de bafio inglês. O meu penálti decisivo, lembra o meu irmão (que lhe bateriam se eu marcasse), foi contra um amigo. Não lhe bateram e, desiludam-se, foi golo limpo! Hoje assisti à final da Champions. Visto o jogo entretido, como dizia o velho Quinito, tomei parte por John Terry. O Cristiano Ronaldo foi paradinha arrogante. O Jonh Terry teve nos pés o penálti decisivo. Aos 11 metros escorregou e falhou. Retenho o seu olhar sobre a perna, cabeça baixa como um pedinte à procura da moeda do almoço. Marcando, ganhavam os azuis do Chelsea sem Mourinho. Como dizia o comentador de serviço, «metralhará a cabeça o resto da vida». As parangonas dos jornais desportivos de amanhã trarão os Ronaldos, os Nanis, o cinzento Queiroz nas capas e palavras doces ao Ricardo Carvalho e ao Paulo Ferreira, lembrando por saudosismo um tal de Mourinho. Sou pelo John Terry, capitão da equipa inglesa. Recordo-o aqui num lance decisivo que levou a equipa até ao fim das decisões, a sua cabeça evitando em corte soberbo um golo do Manchester, naqueles momentos em que as balizas se encolhem para registar o esforço dos campeões. Fica-me esse momento, Jonh Terry e que se lixe o penálti.

2 Comments:

At 1:07 da tarde, Blogger Paulo Buchinho said...

Viva David.
IMPRESSIONANTE de facto a expressão do rosto do John Terry. Foi como se perdesse a vida toda num segundo. O rosto dele parecia aspirado para dentro ...
Abs

 
At 1:36 da tarde, Blogger STARTMED said...

É nestes momentos que podemos perceber de que 'massa' são feitos os campeões. Há que levantar a cabeça e continuar em frente.

 

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