sexta-feira, maio 16, 2008

rui reininho























Semprei pensei num entardecer quente, com luz de verão, para o café a tomar no Chiado. Choveu. Choveu muito. Como outono. As cadeiras molhadas das esplanadas fizeram o café no interior da Pastelaria Benard e um telefonema apressado à Mónica.

Vinte canções de amor e um poema desesperado,ontem no São Luiz, com Rui Reininho.

Lá estava ele, o homem que pede um fundo negro: Rui Reininho. Aquele homem , de fato negro e camisa branca, requintado e intacto no sarcasmo, pede um palco negro. Só negro. Para a ampliação que pedem as suas mãos, o corpo que quase ama em pé, a expressividade concentrada como luz.

Bonito. Mais bonito. Mais velho. Mais requintado e intacto. O mesmo, mas muito mais. Talvez sábio, talvez charmoso, talvez essencial. Mais, muito mais resguardado na voz.

Escolheu as suas vinte canções de amor (entre elas, “ uma da manhã” das doce!) e deu-lhes outra voz, outro corpo, fez outro amor e nós amamos.

Confesso que não percebi o poema desesperado mas esteve, sem dúvida, diluido nas canções de amor. Como acontece de verdade.

Reininho fez da chuva um engano. Depois, sentamo-nos na esplanada do Largo do Carmo e pedimos um chá. O chá da meia-noite.

2 Comments:

At 1:11 da manhã, Blogger Isabel said...

Lena, eu também gosto do Homem!
E fui vê-lo com a banda da GNR ao Pavilhão Atlântico... (o som estava péssimo, mas o RR na sua melhor forma).

 
At 11:38 da manhã, Blogger Mónica (em Campanhã) said...

nestas alturas eu tenho mesmo pena de não morar aí para me deixar desencaminhar por ti

 

Enviar um comentário

<< Home

Web Pages referring to this page
Link to this page and get a link back!