sábado, maio 17, 2008

livros, restos de férias

primeiro apeteceu-me muito ler este livro. deve ter sido pelo prefácio de António Barreto: "(...) Não creio que exista período da vida mais insólito (...). As ambições são desmedidas. Os medos permanentes. Os atrevimentos excessivos. (...) Sofre-se em igual medida, com o amor e a falta dele. Fantasia-se, deseja-se e receia-se o sexo de que não se percebe nada. Os pais nunca compreendem. (...) Vive-se quase sempre à beira do desespero."

(nunca mais consegui ler António Barreto sem ouvir dentro de mim a voz magistral que nos fez o relato rocial de Portugal).

abri-o e fui logo à procura da infância de pessoas concretas: Rui Reininho, Margarida Pinto Correia, Raúl Solnado,o Maestro António Vitorino d'Almeida e a sua filha Inês, gente dos meus dias. mas, lido assim, o livro começou em desilusão: cada infância reduzida a 4 ou 5 páginas é quase nada e sabe a muito pouco. deixei-o de lado.

mas as férias avançaram e as leituras a bom ritmo levaram-me de novo ao livro. à segunda li-o a eito. e percebi: são os bocados das várias infâncias daquelas pessoas (pessoas do mundo da autora, Sarah Adamopoulos), todos juntos, que desenham o livro e nos contam inteira uma só história. passada num país de cristal.

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1 Comments:

At 12:30 da tarde, Blogger Helena (em stª Apolónia) said...

esse prefácio do AB é soberbo... li-o, do teu livro, nas férias a sul.

 

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