Arroz
A minha bisavó paterna tinha-o todo o ano nas águas da Gândara. Passou até mim a receita: um tacho pequeno à medida. Uma cebola cortada miudinha entre os dedos, às vezes golpes nos dedos. Uma folha de louro. Um ramo de salsa. Um dente de alho esmagado na casca. Uma tirinha de carne gorda de porco para o colestrol e uma rodela de chouriça. Azeite, azeite. Sal, pouco sal. Deixa refogar. Mete uma caneca de arroz. Deixa estrelicar. Mexe com uma colher de pau, esquece a ASAE. Se te descuidares, deixa cair uma gota de vinho branco do copo com que andas a dançar enquanto esperas. Põe água à mesma medida. Deixa cozer. Enfeita com uma folha de hortelã. Nunca tive um controle absoluto. Cresce sempre para misturar em outra refeição com ovos mexidos. Nunca pensei que este meu pequeno descuido, excesso nas quantidades, fosse hoje um problema mundial.
1 Comments:
Saber de saberes feito. Mas
será mesmo por isso, pelo teu pequeno excesso?!
~CC~
Enviar um comentário
<< Home