ainda o concurso literário
não sei se ainda se fazem concursos literários como aquele de que falei no post sobre Carlos Tê. foi há cerca de 20 anos, não sei datas certas, e em Biomédicas a ideia foi copiada da Faculdade de Ciências que durante alguns anos teve um concurso assim. demos-lhe o nome de Abel Salazar, nada mais apropriado, adaptamos um regulamento e num entusiasmo fenomenal avançamos.
este "nós" éramos, se bem me lembro, eu e o João Luís do Poesia & Lda.. o júri de prosa integrava o Carlos Tê, o Dr. Soares de Sousa (um internista nosso professor na cadeira de Medicina), a escritora Filomena Cabral (de quem nunca li nenhum livro mas que, ao contrário do Carlos Tê, possuia sinais exteriores de vida literária) e talvez eu própria (já não estou certa de nos termos incluído nos júris, enquanto estudantes e aspirantes a escritores, pois claro).
para o júri de poesia conseguimos outro personagem fantástico: Rui Reininho, himself. mal refeita da surpresa por ele ter aceitado o nosso convite, encontramo-nos no Velasquez para a troca de manuscritos e para o que viria a ser uma espécie de primeira consulta da minha vida. além do cantor, faziam ainda parte o Dr. Manuel Laranjeira (o neurocirurgião, ele próprio, que o João Luís sabia ser dado à poesia), a poetisa Inês Lourenço e, provavelmente, o João Luís (que, ao contrário de mim, passou muito além de aspirante a escritor).
recordo vagamente o resto: os manuscritos (indescritível como tudo era quando poucos usavam computadores), as reuniões dos júris no edifício soturno em que a faculdade se transformava durante a noite e os prémios que incluíam a publicação do texto a concurso (o que nunca aconteceu porque entretanto mudou a direcção da associação de estudantes e a literatura não veio a ser uma prioridade de quem chegou). foi a H que arrebatou o prémio de prosa, tenho quase a certeza. e é uma vergonha mas não me lembro quem ganhou na modalidade de poesia.
adenda (com a memória disponível do João Luís): o prémio de poesia foi para Óscar Faria (ver caixa de comentários).
Etiquetas: minhas histórias, Rui Reininho
7 Comments:
Mónica, quem ganhou na Poesia foi o Óscar Faria, que julgo ser o mesmo critico de pintura e artes plásticas contemporâneas do jornal Público. Não tenho a certeza disto.
Pergunto-me se não terá havido duas edições em dois anos seguidos. É que me lembro de outro manuscrito fantástico a concurso de Jorge Figueira, hoje arquitecto em Lisboa...
A amizade com o Rui Reininho, de quem sou vizinho em Leça, foi o meu prémio por esses dias...
obrigada pela achega João Luís. fico mais feliz de saber que não só eu com esta memória incerta das coisas. eu tenho quase a certeza que só estive um ano nisso. terás tu continuado depois?
eu tive a menção honrosa - já agora, para a história - e fiquei lixado...
é impressionante (chocante mesmo!)não me lembrar disso jcb.
"Quando Minuciosamente As Palavras", assim se chamava a obra de Óscar Faria.
(julgo eu...)
chamaram-me a atenção para este equívoco, que aqui desfaço. o óscar faria é outro que não eu. sou avesso a júris e concursos - nunca fiz parte, nunca participei. cumprimentos.
Não sei como cheguei a este blogue, que não conhecia. O vencedor desse tal concurso fui eu, Óscar Moura (e não Faria, que por acaso conheço). Faculdade de Letras. Naquela altura julgo que andava ainda em engenharia civil. Lembro-me muito bem da Mónica e do João Luís, no Piolho, que tenho acompanhado razoavelmente. Abraços. Óscar
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