desesperada
do ruído
subitamente exasperada pelo ruído: vozes na televisão, uma espécie de buzina que entra em casa intermitente (é uma rebarbadeira ao longe, não sei o que é uma rebarbadeira mas só pode ser uma isto que me atormenta), o apito dos semáforos, os estudantes fanfarrões pela noite que já foi minha, aviões, sirenes, gaivotas marginais disputando o lixo nas traseiras.
do silêncio
desesperada por silêncio, um silêncio profundo como o das noites na serra (em que se chegam a ouvir as estrêlas), como o do deserto (onde nunca estive a não ser nos livros), o silêncio do acordar sem horas dos dias de férias. silêncios primordiais atravessados pelo som da água que corre, da brisa nas folhas, pelos ralos à noite. o silêncio das florestas húmidas e dos amanheceres na Costa Rica e a rompê-lo o macaco rouco e o zunir de uma vida animal intensa. o silêncio sub-aquático, o silêncio do cume das montanhas, alguém cantando ao longe.
desesperada por silêncio, um silêncio profundo como o das noites na serra (em que se chegam a ouvir as estrêlas), como o do deserto (onde nunca estive a não ser nos livros), o silêncio do acordar sem horas dos dias de férias. silêncios primordiais atravessados pelo som da água que corre, da brisa nas folhas, pelos ralos à noite. o silêncio das florestas húmidas e dos amanheceres na Costa Rica e a rompê-lo o macaco rouco e o zunir de uma vida animal intensa. o silêncio sub-aquático, o silêncio do cume das montanhas, alguém cantando ao longe.
Etiquetas: minhas histórias, quotidiano
1 Comments:
Andas 'desperada'? É bom, andas viva. Mas bom mesmo, sabes isso, é continuar a saber ouvir as estrelas...
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