Gosta de deixar salgar as palavras que pressente, mais do que sabe. Os erros, são bocados de inquietação, atropelos de sentidos mais fortes que sabedorias ou gramáticas. Pareceu-me bonito dizer que não erra a escrever na areia o que erra na página. Seria a forma de enfatizar o que já sabe da beleza das palavras, não as sabendo.
É feio dar erros ortográficos. É como não saber amar por inteiro, neste caso, a língua. Uma das minhas filhas deixa erros ortográficos no rasto de gostar muito de escrever. É uma aprendizagem lenta, trabalhosa e violenta. Terá que a fazer, amar pelo todo.
Suspeito de um avo de hereditariedade. Como eu escrevia no capim sem erros os erros que dava (e dou!) nas páginas.
A outra, filha, inicia agora a aprendizagem da leitura e da escrita. Será previsivelmente mais assertiva, talvez não seja é capaz de escrever tão rente ao mar, na areia. Suposições com margem de erro.
1 Comments:
Ensina o que puderes. São os trabalhos de mãe - essa, dizes bem - margem de erro. Mas deixa-as dar erros saborosos. Rente ao mar, na areia. Um dia as leremos!
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