O tempo nas tuas mãos
Quando disseste que nas tuas mãos há tempo que baste para fazer um ninho, e depois dele nascer um pássaro azul, acreditei. Tinhas tempo!
O teu tempo faz-me lembrar.
Lembra-me que tens de te lembrar.
Não é o inscrito na agenda.
O toque do telemóvel.
O fio atado no dedo.
O despertador agudo.
A falta ao dormir de respirar.
É esse tempo do mito eterno de voltar.
E o tempo que gasto agora a juntar ventos para o pássaro poder voar.
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