sexta-feira, abril 21, 2006

O tempo nas tuas mãos


Quando disseste que nas tuas mãos há tempo que baste para fazer um ninho, e depois dele nascer um pássaro azul, acreditei. Tinhas tempo!

O teu tempo faz-me lembrar.
Lembra-me que tens de te lembrar.

Não é o inscrito na agenda.
O toque do telemóvel.
O fio atado no dedo.
O despertador agudo.
A falta ao dormir de respirar.

É esse tempo do mito eterno de voltar.
E o tempo que gasto agora a juntar ventos para o pássaro poder voar.

Web Pages referring to this page
Link to this page and get a link back!