Dados que foram dados
Chegou por telemóvel com convite para jantar. Lousã. Burgo a olhar o Talasnal. Lá fomos, comemos, bebemos, lavámos as mãos na água fria da piscina natural e falámos muito. Quem sim, que a vida está uma merda, que é preciso ter tomates e, versão dela, muito feminina, ter o sítio onde eles batem. Ofereceu-me um par de dados e disse: - Lança-os de manhã ao acordar. Até seis é dia mau. Seis ou mais é bom, podes sempre dizer bom-dia. Doze? Deita-te de vez e dorme até ao meio-dia. Ficaram os dados e a memória dos seus dedos. Nos dados e nos meus dedos. “Alea jacta est”.
5 Comments:
lembra-me umas bolas mágicas que me emprestaste, com um som do outro mundo quando rolavam, e que levei comigo até ao fim do mundo num Agosto extraordinário. nesse Agosto, até cartas de Tarot (tuas também?) lancei, acertando muito mais longe que o que jamais julguei possível. de uma forma assustadora. H deu-me um baralho mais tarde e, sabem, nunca mais tive coragem de lançar cartas.
Ainda há os sons dessas bolas que trouxe de Macau. E o baralho tarot sempre disponível.
Olá Inha: lembras-te dos teus inquéritos no aeroporto quando me apanhaste a chegar de um voo? Vinha de Macau, exactamente com as bolas mágicas e as cartas no saco.
Esse campo... ai esse campo, tão feliz por tão felizes que fomos.
isto não é uma linha, é um emaranhado delas.
Em Almaça lembro o campo "coisas que fascinam", que partilhei na direcção com M, aberto com gravações que sei por ela terem chegado à Grécia -
... "último contacto. Perdemos há muito o resto das letras do alfabeto grego".
Os Campos - pág. 25
Inha, se é desse campo que falas, em que eu tb estava, o tema era uma frase de Nuno rebelo, dos Mler If Dada: "são um nada as coisas que eu compreendo, e essas não me fascinam". a frase era o final de um texto belíssimo (um dia ainda o ponho integral aqui na linha) que enunciava todas as coisas incompreensíveis e fascinantes do nosso mundo e começava "a muralha da China, os papagaios que falam (...) terminando com aquela que levamos como tema.
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