domingo, fevereiro 26, 2006

Dançar Saudades


" A saudade é um disparate, um estado de excepção,uma coisa passageira que se tem que curar. É uma anemia. É um parafuso a menos. É falta de vitaminas. Os portugueses não deviam encorajá-la. Havia de ser proibido - ou pelo menos muito difícil - viajar. É insuportável ter filhos, amigos, sobrinhos e não os ter. É inadmissível ter olhos e não os poder ver. É um erro. Somos uns panhonhas.
Não quero mandar recados nenhuns, palavras nenhumas. Nem recebê-las. O telefone é um suplício. As cartas são só recibos de sentimentos. Passamos a vida longe das pessoas com quem queremos viver - e elas longe de nós - em nome de uma coisa qualquer a que chamamos a nossa "vida". A vida que se lixe. O que é que ela está a fazer neste momento ? "

espero que a dançar, digo eu. seria um jeito bonito de a tomar em mãos e levar...

( texto dos velhinhos recortes do Independente. Não tenho referência do autor)

3 Comments:

At 9:31 da tarde, Blogger Mónica (em Campanhã) said...

só pode ser MEC. tenho dúzias de recortes desses, embora não esse exacatamente. anda-me mesmo a apetecer trazê-los para aqui.

 
At 10:04 da tarde, Blogger H em Stª Apolónia said...

também suspeito de MEC,mas como os tenho descontextualizados... não lhe fiquei com o autor.traz... os comboios permitem trazer outros...

 
At 1:54 da manhã, Blogger David (em Coimbra B) said...

Recomendo: "O Labirinto da Saudade" do Eduardo Lourenço. Recortes d'O Independente era trigo certo na minha seara de recortes. Há cartas que guardam? com muito disso. O comboio trará recortes um destes dias!

 

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