terça-feira, novembro 17, 2009

Ávila

Sempre que passei por Ávila tive o desejo de ficar uma noite. Não sei quantas, sei que ainda era imortal e sempre passei nobre pela boca da muralha, sentindo pedra e sombra, gente forte com o ADN de quem no tempo antigo a protegeu na cumplicidade do rio Adaja, afluente do nosso Douro que é muito deles e passei, passei.
Vindo de Madrid, pelas novas estradas de Espanha, decidi ficar. Já guardo dinheiro suficiente para esse prazer. Deixei deitar o corpo à oferta do Palácio Valderrábanos, ali à Catedral e vivi essa Ávila por dentro.
O clérigo don Alonso, vindo de Palencia, deu-se a bispo e criou o seu bispado. Reuniu los ermitaños del Cerro de Guisando e construiu um Mosteiro. Depois de muita história e de outras tantas estórias, ficou um Grand Hotel. Aqui passei uma noite e desfrutei a vida dentro da muralha. Tinha dinheiro para mais, mas Ávila ficar-me-á para sempre com a memória de um fim de tarde junto ao rio, uma noite longa dos seus sabores e uma manhã de passagem como quem passa ágil por portagem.

1 Comments:

At 9:02 da manhã, Blogger DM said...

Vou levar o teu viver àvila por dentro hoje para as minhas reuniões da Uni. Preciso da postura historica. Obrigado. beijinhos

 

Enviar um comentário

<< Home

Web Pages referring to this page
Link to this page and get a link back!