O «PERNA»
Uma das últimas catedrais da comida familiar. O Perna ganhou nome porque uma das suas pernas é amovível para todos os pontos cardeais, tendo como bússola um joelho manhoso. Não é manhoso, não é cardeal, é o papa. Faz papas com almeirões e couve cortadinha no azeite com dente de alho para dentes mais delicados. Trabalha o peixe e as carnes no carvão como nas antigas forjas se batia o ferro ardente para as ferraduras, hoje dentaduras delicadas.
A função começa ao balcão de mármore. Taças de branco – hoje inaugurámos um garrafão cheio!
Se vem visitante novo, a D. Maria faz o número de sempre: enche os copos para quem está (um a mais para o Perna), ergue um a dar de beber ao viajante, estica o braço para o serviço e, quando o novato se prepara para o adoçar nos lábios, ela recua no movimento e bebe-o de um trago. Acho que depois diz «Bem-vindo!» entre um fosca-se a baixar silêncios.
Depois a mesa farta. A capital da entremeada, para mim a melhor batata frita do Sicó cortada a máquina alemã.
Chegam-se às mesas quando a clientela está servida. Um copo ali, outro copo aqui, uma anedota e, hoje, direito a fotografia.
- Tira lá isso pá, olha aqui dois bêbados! – disse a D. Maria de jarro na mão, partilhando com o Perna um altar onde cozinham amores sofridos de anos a fio.
Estão, sem o saber, a partir de hoje no Faceboock.
Quando chega à mesa o café e a Frise (aguardente camuflada à ASAE), tudo fica no ponto. Eles felizes por nos terem à mesa, nós felizes por sermos família.
Ir ao Perna passou a ser uma peregrinação. E tem outra vantagem:
A função começa ao balcão de mármore. Taças de branco – hoje inaugurámos um garrafão cheio!
Se vem visitante novo, a D. Maria faz o número de sempre: enche os copos para quem está (um a mais para o Perna), ergue um a dar de beber ao viajante, estica o braço para o serviço e, quando o novato se prepara para o adoçar nos lábios, ela recua no movimento e bebe-o de um trago. Acho que depois diz «Bem-vindo!» entre um fosca-se a baixar silêncios.
Depois a mesa farta. A capital da entremeada, para mim a melhor batata frita do Sicó cortada a máquina alemã.
Chegam-se às mesas quando a clientela está servida. Um copo ali, outro copo aqui, uma anedota e, hoje, direito a fotografia.
- Tira lá isso pá, olha aqui dois bêbados! – disse a D. Maria de jarro na mão, partilhando com o Perna um altar onde cozinham amores sofridos de anos a fio.
Estão, sem o saber, a partir de hoje no Faceboock.
Quando chega à mesa o café e a Frise (aguardente camuflada à ASAE), tudo fica no ponto. Eles felizes por nos terem à mesa, nós felizes por sermos família.
Ir ao Perna passou a ser uma peregrinação. E tem outra vantagem:
- é mais perto do que peregrinar a Fátima, tem uma Maria que pouco tem de Virgem e só na saída é que é possível andar de joelhos sem choros nem velas. Outro joelhódromo para cumprir nas vivências do Sicó.
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