não é só o Verão que nos rodeia de coisas grátis e precisosas. numa tarde de Outono, dar uma volta à rotunda da Boavista, aqui ao lado, pode ser um exercício de inventariar esplendores:
- as cores absolutas das árvores: verdes vários, amarelos impossíveis, laranjas, vermelhos fulvos, rosas rubros
- os rapazes* a voarem de skate e a dançarem de bicicleta no passeio da Casa da Música
- as imagens que os vidros espelhados da Casa da Música devolvem destas cores e destes rapazes
- o fumo cheiroso que denuncia o vendedor de castanhas a uma esquina
- bolas vermelhas e estrelas improváveis sobre as ruas à espera da iluminação lá mais para o Natal
- pessoas na rua passenado de mãos dadas (namorados, pais e filhos, velhinhos)
e não, não é a carrinha da Red Bull a distribuir bebidas grátis que me dá esta sensação de ter asas e de sobrevoar feliz a vidinha, a crise e o amanhã pouco certo. é mesmo ter os olhos, a boca, todos os poros, subitamente preenchidos do essencial.
* muitos rapazes, e só rapazes. onde estarão as suas raparigas?
Etiquetas: Outono, Porto, quotidiano
1 Comments:
Respirei as cores de que falas, preenchida do essencial que elas são.
~CC~
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