quinta-feira, outubro 23, 2008

o dia seguinte


no dia seguinte à aprovação da lei do tabaco, as pontas de cigarro inundaram as ruas. escritórios, quiosques e outros botecos ficaram mais limpos e saudáveis. os donos dos cafés arrumaram os cinzeiros que tinham nas mesas e ao balcão e as empregadinhas de loja foram obrigadas a deitar fora a latinha onde depositavam as picas do que fumavam discretamente atrás do balcão. mas ninguém se lembrou da lei de Lavoisier e, disponibilizar cinzeiros nos espaços abertos onde os fumadores agora se deslocam para cumprir o vício, foi ideia que não deve ter passado pela cabeça de nenhum dos responsáveis. assim, como os cigarros são na mesma fumados, e uma ponta de cigarro não é coisa que se possa guardar no bolso para depositar no cinzeiro de casa, toca a conformar-nos com o tapete de beatas que agora cobre as ruas e floresce nas paragens de transportes públicos, portas de escolas e Centros de Saúde, entradas de cafés, centros comerciais, etc. etc. etc.


4 Comments:

At 11:12 da tarde, Blogger David (em Coimbra B) said...

Digo-te que a lei só se percebe nos nossos pulmões. Hoje sei a diferença de entrar num espaço livre de fumo e o que era antes, mesmo que as minhas cigarrilhas não me larguem o bolso depois de um bom jantar que acaba o dia...

 
At 11:13 da manhã, Blogger francisco carvalho said...

Terás alguma razão mas sempre houve beatas pelo chão. Lembro-me bem da minha infância, dos amigos que as apanhavam e as tentavam fumar ainda. Muitos vícios começaram assim aos cinco, seis anos, com a mais completa conivência dos adultos.
Podia haver cinzeiros públicos nos sítios que referes, como aliás já existem em algumas praias, mas as pessoas fumam em todo o espaço livre...
Na verdade, parece-me que as pessoas, qualquer que fosse a circunstância, podiam apagar os seus cigarros e colocá-los depois no lixo mesmo que tivesse que haver recipientes especiais para isso. Mas eu sei, tal como com o cocó dos cães, nunca alguém irá dar-se a esse trabalho...

 
At 11:15 da manhã, Blogger francisco carvalho said...

Terás alguma razão mas sempre houve beatas pelo chão. Lembro-me bem da minha infância, dos amigos que as apanhavam e as tentavam fumar ainda. Muitos vícios começaram assim aos cinco, seis anos, com a mais completa conivência dos adultos.
Podia haver cinzeiros públicos nos sítios que referes, como aliás já existem em algumas praias, mas as pessoas fumam em todo o espaço livre...
Na verdade, parece-me que as pessoas, qualquer que fosse a circunstância, podiam apagar os seus cigarros e colocá-los depois no lixo mesmo que tivesse que haver recipientes especiais para isso. Mas eu sei, tal como o que acontece com o cocó dos cães, seriam poucos os que iriam dar-se a esse trabalho.

 
At 7:47 da tarde, Blogger Mónica (em Campanhã) said...

mas eu acho que agora há muito mais Francisco. ando muito na rua e é impressionante. as beatas e os jornais gratuitos. tenho a rua cheia deles e estou cheia deles.

 

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