domingo, outubro 05, 2008

metereologia(s)

A casa está quieta. Nocturna. De forma súbita, apercebo-me de que não sei que é feito de mim. Como me distraí do mundo. Como apaguei as luzes. Como se deixou o vento e o começo do frio.

Li esta tarde a pequena notícia da morte dele no jornal, ele Dinis, e vim à Linha dizer. Heis quando me apercebo de que o mundo já sabe, que M já disse tudo, que a Isabela escreveu um texto bonito, bonito.

Distraída do mundo. Mas distraída de mim ? ... não tenho sido feita de palavra nenhuma. Nada se escreve em mim, se diz em mim, se solta de mim. Nada. Nada mesmo.

Trouxe tanto sal de uma viagem, que achei que iria escrever três posts de mar. Já selecionei as fotografias, e não tenho tido o tempo nem o apelo das palavras... e fiquei assim, ausente.

Se me desafio... «tenta um segredo», nada, mas mesmo nada me ocorre que me faça palavras. Sem qualquer gravidade, vamos agora ter a chuva.

A única, mesmo única coisa que me ocorre dizer é « No verão, já não há noites de verão. Quentes. Sem vento frio». É ridículo, não é ? mas é da quietude das noites de verão, depois do calor, que me ocorre. Como quem lhes sente a falta. Inconsequente ocorrência.

1 Comments:

At 9:12 da tarde, Blogger Cristina Gomes da Silva said...

Ainda bem que essas ausências te visitam de vez em quando... As presenças justificam-nas :)

 

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