segunda-feira, abril 07, 2008

do outro lado

do outro lado da tragédia de Israel, estão histórias como esta que a Ana reproduz com o exacto assombro das imagens que passaram há dias na TV. é uma história ao contrário da dos judeus: é como se, quanto mais lêssemos sobre ela, menos a pudéssemos entender. são milhares de anos de vida que não é possível aprender. como se houvesse uma gralha no mundo, uma falta de sentido demasiado insana para ser possível.

a Ana fala também do Tibete. diz que a China se lhe assoma como um monstro, de duas cabeças. são tantos os monstros que a história nos reserva que, cruelmente, deixamos de ligar. convertemo-nos, nós próprios, no mais atroz dos monstros que é aquele que se deixa ficar a assistir.

"vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar". era bom Sophia, se fosse verdade.

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