correntes
sentir as correntes da teia antiquíssima que é o mundo. tecer o meu lugar nela: um fio que se desenrola da alma, saliva que envolve e revela - sobre fios que outros teceram e me envolveram e me revelaram. rede sem princípio nem fim.
por vezes soltam-se bocados de mim, despenham-se nos dias, estilhaçam-se. varrer os pedaços. lamber as cicatrizes, cozer os remendos. mais fios de saliva. linhas retesadas. correntes. laços. alma.
Etiquetas: Eu, música, The Wolfgang Press
2 Comments:
Bonito!
Boa! Andas viva e com palavras decisivas.
Enviar um comentário
<< Home