segunda-feira, novembro 19, 2007

correntes



sentir as correntes da teia antiquíssima que é o mundo. tecer o meu lugar nela: um fio que se desenrola da alma, saliva que envolve e revela - sobre fios que outros teceram e me envolveram e me revelaram. rede sem princípio nem fim.

por vezes soltam-se bocados de mim, despenham-se nos dias, estilhaçam-se. varrer os pedaços. lamber as cicatrizes, cozer os remendos. mais fios de saliva. linhas retesadas. correntes. laços. alma.

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2 Comments:

At 11:02 da manhã, Blogger Cristina Gomes da Silva said...

Bonito!

 
At 11:55 da tarde, Blogger David (em Coimbra B) said...

Boa! Andas viva e com palavras decisivas.

 

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