quinta-feira, novembro 15, 2007

Jugular


Sento-me na cadeira que dança, que cospe um parafuso tempos a tempos, tal a quebrança da minha desossada vida. Enrosco o tempo como enrosco a ida. O sentido nos ponteiros do relógio. O mundo que avança. O mudo que fica.

Por vezes há bonança. A chave que serve na fechadura. As rotações acertando-se para a limpidez das vozes que queria ouvir, tal a urgência. O sentido no humor, as boas apostas que faço na aragem das notícias que chegam, sabedoria de que tudo se areja e rarefaz no movimento de uma nora, esse vertiginoso pêndulo da espera que demora.

2 Comments:

At 11:16 da tarde, Blogger Mónica (em Campanhã) said...

que bem que nos escreves a vida

 
At 12:40 da tarde, Blogger Cristina Gomes da Silva said...

Encontrar a chave certa. O desafio.

 

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