sexta-feira, agosto 31, 2007

Ponto de situação

Não leves isto tão a sério como costumas e, por isso, não acredites escrupulosamente na mercadoria que transporta este comboio-correio. Conheces-me. Sabes que faço das palavras uma protecção como aquelas capas heróicas que nos caiem do monitor quando menos esperamos e nos protegem nos jogos informáticos, (às vezes dádivas de espadas, galões de diesel ou tiros de bónus!), mas ia para te dizer que a discussão que agora mais me envolve fica algures suspensa entre monotonia e serenidade. As casas e os dados do jogo da paixão, do sofrimento e da alegria, nada acrescentam de protecção à erosão dos dias, são vitrais com uma luz indirecta da memória; outras vezes o lençol de linho que já ali, amanhã cedo pela manhã, guardará suores frios de encantamento. Presumo que para o fim-de-semana nada mude – ganha a monotonia! Presumo que esta noite ainda encontrarei forças para tentar mudar – ganha a serenidade! Nisto ando suspenso. Ponto de situação.

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