dizer dele
Gosto do jeito como parece que ele é feliz com a tristeza.
Tudo o mais nele me é óbvio: que escreve muito bem, que são bonitas as janelas e as conversas com o filho, que são ponderadas as reflexões e intensas as paixões sendo que, às vezes, entre um post e outro, deixo de perceber se está apaixonado ou a perder a paixão. Há coisas tão óbvias que me calam de as dizer. Como o arrepio da beleza ( e Bleza ) de alguns posts .
Mas se só pudesse dizer, dele, uma única coisa seria essa do jeito como me parece feliz com a tristeza. Como se a doçura também se pudesse evaporar assim quando chove por dentro. Como nos faz acreditar que doer é o mais bonito do respirar. Enganosamente ou não.
JPN faz-me pensar adocicadamente na tristeza. Quase invejosamente. A idade fez de mim arreeira, ou seja, deixou-me numa língua de areia entre dois mares menores. O mar da tristeza profunda e o mar da paixão intensa. Os dois, que já foram enormes e devastadores, quase se tocam e agora felicidade é estar nesse equilíbrio de um mar olhado a duas marés. Mas JPN põem-me a discutir comigo este princípio. Porque através dele me parece sempre tão bonito ser triste… e eu admito discutir axiomas. Sobretudo quando chove. Ou só quando alguém os deixa escritos e me engana com isso.
(Palavras que me saíram das mãos, um destes dias, depois de ler de enfiada os posts do JPN no Respirar o Mesmo Ar )
Tudo o mais nele me é óbvio: que escreve muito bem, que são bonitas as janelas e as conversas com o filho, que são ponderadas as reflexões e intensas as paixões sendo que, às vezes, entre um post e outro, deixo de perceber se está apaixonado ou a perder a paixão. Há coisas tão óbvias que me calam de as dizer. Como o arrepio da beleza ( e Bleza ) de alguns posts .
Mas se só pudesse dizer, dele, uma única coisa seria essa do jeito como me parece feliz com a tristeza. Como se a doçura também se pudesse evaporar assim quando chove por dentro. Como nos faz acreditar que doer é o mais bonito do respirar. Enganosamente ou não.
JPN faz-me pensar adocicadamente na tristeza. Quase invejosamente. A idade fez de mim arreeira, ou seja, deixou-me numa língua de areia entre dois mares menores. O mar da tristeza profunda e o mar da paixão intensa. Os dois, que já foram enormes e devastadores, quase se tocam e agora felicidade é estar nesse equilíbrio de um mar olhado a duas marés. Mas JPN põem-me a discutir comigo este princípio. Porque através dele me parece sempre tão bonito ser triste… e eu admito discutir axiomas. Sobretudo quando chove. Ou só quando alguém os deixa escritos e me engana com isso.
(Palavras que me saíram das mãos, um destes dias, depois de ler de enfiada os posts do JPN no Respirar o Mesmo Ar )
3 Comments:
é para assinar onde?
Que bem se respira o ar na linha!
ai, Helena, nem sei o que te diga! lol.
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