terça-feira, junho 26, 2007

Amor em caixinhas

H diz que na conjugação do amor há sempre no fim um nome bonito.
Acredito.

M acrescenta entropia no durante, espécie de desassossego.
Confirmo.

Tudo começa numa manhã dentro de uma caixa de música. A arte de dar corda, ver dançar se ela dança e saber ouvir. Pela tarde, entre um chá e uma torrada - que é o apetite a crescer! -, abre-se a caixa de costura, costureiro que edifica casa para o botão. Acertado o rosto do nome bonito, terminado o desassossego, como um menino falta colorir o momento. Abre-se a caixa viarco e começa-se pelos lábios, depois os olhos e um ou outro traço nos cabelos. O resto é poisar os lápis e pernoitar no que lhe resta de sombras. Puzzle onde tudo encaixa. Um som a mais, um ponto-de-linha que não foi cortado a tempo nos dentes, um risco azul onde o verde pedia carinho, abre como código muitas vezes a caixa de Pandora, que leva de novo à procura do nome bonito, à entropia e à caixa de música. Não há que esperar. Dá corda. Depois tudo segue como dantes.
Assino.



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