ti Gracinda 2 corações
Já aqui postei sobre a ti Gracinda, mulher onde encontramos cada vez mais um grande coração. Morreu-lhe outro dia o filho, o nosso Ti Albino, (que comentava a cada piada «aquilo é qué um caralho!»); fez o luto e vive enquanto puder abrir a porta da tasca para a vida, a sua desprendida vida. Cumprimos por ela esse ritual. Acabada a tarefa dos dias, lá vamos de vez em quando saber da Ti Gracinda. A mesa está sempre posta, as mãos ágeis na procura do pão, o vinho alinhado como os tropedeiros no Eisenhower, porque há fogo por perto. O fogo do coração.
Aqui, mais que o copo, fala-se de tudo o que é simples, mas decisivo. O aborto é referendável apenas, ponto final na não discussão. Mas RB – com quem habito com RC muitas horas das nossas vidas - soube ao fim de tantos anos pelo tutor de outros tempos, porque órfão de pai, que o coração paterno trabalha ainda no corpo de um vendedor de bicicletas, algures por Coimbra B. Não o diria assim como o disse, a seco, o tutor, confirmando com um telefonema a uma testemunha de linha o desígnio de dar vida falecendo. Dador de órgãos. Dador de bons exemplos. RB dormirá hoje inquieto, adrenalina de código genético. Isto passa, abre a garrafa, anda, fala-me da próxima semana em Espanha… porque também confirmou que o pai (tinha?) tem coração!
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