da vida, da fé
hoje sei o que deus sempre soube: que o embrião que um dia eu não quis era o primeiro fruto de um amor que eu ainda desconhecia mas que nunca mais pararia de crescer. hoje aceito que teria sido mais cristão não ter tido tanta certeza de tudo como então tive. hoje aceito discutir, à luz de uma fé que não tive sempre, se devemos ou não investir, de forma sempre incontornável, um embrião de um desígnio de deus.
mas o deus em que acredito, além de saber dançar, é um deus infinitamente paciente: fica ao meu lado e encoraja-me na luta que tenho todos os dias comigo mesma, a caminho da generosidade e da serenidade que estão do outro lado do buraco da agulha por onde nunca conseguirei passar. conversa comigo, sem sequer gritar, nunca me atirou uma pedra. como posso supor que me excomungaria por uma dificuldade que tive um dia, antes de ter esta fé de hoje?
(hoje também sei que não estou sozinha)
e hoje (actualização) ainda estou menos sozinha
4 Comments:
parabens. sem demagogias.
Conheço bem esse Deus que sabe dançar.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
que bonito, tocante texto.
adorei. e sinto que ele devia ser mais lido, que deveria ser como que arremessado a tanta gente hipócrita que por aí anda...
(sabes?, eu guardei esse texto do Frei Bento Rodrigues, e estava a pensar colocar no meu blogue algumas das suas sábias palavras no dia que esperamos seja o do SIM)
beijo
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