sábado, julho 08, 2006

tecer distâncias


Vi deste já longe um voo de asas
onde ganhaste vida antes do tempo
que tínhamos disponível para os casulos.

(Fica bem. Ainda que ansioso da seda do meu.
Eu sinto. São teias antigas que ficaram
desnudadas por tecer.)

Disseste que foi o vendaval
que te soprou
ou a tempestade matinal
onde insegura te seguras?

Não há contacto no desejo que desenhe o esboço de um beijo:
- um metro de seda que ficou por coser
o Verão que gostas, quase,
quase a acontecer!

Escondes o jogo dos lábios.
Deixas a carta no correio para abrir.
Levas contigo o metro de sombra onde nos iniciamos.
E agora, aparentemente segura
desenhas o risco do voo no Verão onde já não estamos
para nele irmos beber como pássaros apenas.

1 Comments:

At 6:13 da tarde, Blogger Mónica (em Campanhã) said...

pensar que estive tantos anos sem te ler, tantos anos que perdi, pá!

 

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