terça-feira, junho 27, 2006

oitavos de língua


Comida a laranja, o balanço dos oitavos do mundial. A afirmação das nações. A pátria é a língua. Sem critérios da FIFA fala-se agora português, ucraniano, francês, castelhano, alemão, italiano e inglês. Português duas vezes ainda que um com açúcar.
Dos que para casa foram, a Espanha custou-me um pouco pelo jogo e pela França que no futebol não gosto. Mas tem sido sempre assim. A arrogante capa de hoje do jornal a MARCA levou tiro certeiro do “velho” Zizu. Quatro letras como Figo ou Ámen, pequenos deuses e fim de oração. Citação.
Todas as nações do estado Espanha choram agora (ouve-se daqui!): a basca, a galega, a catalã, a castelhana. Não há referendo. Abrirão esta noite, distraidamente, as barragens dos rios para as lágrimas chegarem a mar de Portugal.
Sábado há Ultimatum ou Tratado de Windsor? Cederemos ou enfrentaremos as pretensões alemãs?
- Uma coisa eu sei. Se ganharmos, apresentaremos de novo um outro Tratado de Tordesilhas. Assinaremos com o Manolo o achamento do Brasil a ritmo do nosso bombo de Lavacolhos. O de Espanha já está recolhido no descanso. “A casa, se acabó el sueño”! – diz agora a MARCA.
A eles – aos ingleses! – digo eu, mapa-cor-de-rosa-das-meias-finais.

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