domingo, junho 18, 2006

Madrid me teve


Esqueci de dizer, tal a pressa de partir. Estive em Madrid estes dias todos.

Tinha pressa de sossegar e assim nos fizemos todos estrada dentro, num convite súbito e acolhedor. Levei as crianças. Suamos calor e água bebida, passeamos no Retiro, procuramos a sombra,vimos “Picasso Tradição e Vanguarda” no Centro de Arte Rainha Sofia na imperdível dupla exposição ( também no Museo do Prado) de comemoração do 25º ano da chegada de Guernica a Espanha e simultaneamente o 125º aniversário do nascimento do pintor. Até 3 de Setembro, meus amigos. As crianças cansam-se depressa, mas olham e gostam e falam e depois chegam a casa e fazem, em folhas brancas, “cavalos como o Picasso “.

Madrid fervilha, a cidade habita-se, põem-se na rua, procura o fresco das tardes e dos parques. Madrid vive-se como não vivem as nossas grandes cidades. Os velhos saem à rua, os idosos em cadeiras de rodas saem das casas a arfar calor e ficam nas praças, nas esquinas, nos largos nos infinitos lugares onde a cidade acolhe os que a vivem.

Na siesta comecei e acabei um livro com fascínio, “ Á procura de Sana “de Richard Zimler.

Fiquei estarrecida com o novo Museo Thyssen- Bornemisza. Ficou como um desejo de repetição, com mais vagar, com a solidão do tempo e do olhar.

Foram uns dias que pareceram muitos, muitos.Esticou-se o referencial do tempo e do sossego. Prestes a chegar, com a certeza de que dias assim somam infinitos à alma.

1 Comments:

At 12:07 da manhã, Blogger David (em Coimbra B) said...

Madrid me mata. Madrid nos mata.

 

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