indigNAÇÃO ?
Cheguei a casa, após jornada de trabalho, com esta frase pronta a disparar de mim: “e o direito à indignação?”.
Deve ter nascido vadia nalguma fissura do pensamento que trouxe da estrada, do vaguear impreciso sobre a constatação amarga do ambiente laboral, do desencanto que cansa. Começa cansado em mim e desespera cansado ouvido, inúmera e repetidas vezes, nos outros. Situa-se por aí a origem da frase, certamente.
E o direito à indignação?
Tive a minha primeira dúvida, ou seja, o primeiro amortecimento : indigno-me primeiro comigo ou primeiro com o mundo? dava-me mais jeito que pudesse ser com o mundo, mas temo que o mundo comece a indignar-se a partir de mim....
Passou. Sentei-me aqui com vontade de escrever sobre o direito à indignação, sem saber o quê exactamente. Tive a segunda dúvida, que se imiscui com a primeira: será indigNAÇÃO ?
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