sexta-feira, junho 23, 2006

são dias que passam


Começa no solstício, logo a seguir ao dia dos relógios de sol, a velha azáfama das mochilas. H e M dormem o antigo sono solto das mães, preocupadas que estão com a mochila dos pinóquios. Não sei o tema do Verão. Sei pela linha que uma lanterna ainda é fundamental, luzeiro entre luares. E um sabonete dois em um – há os líquidos! – são preocupação de arrepiar a pele de mães-galinha.
Relógios de sol foi no Caima, porta por onde entrei e em Almaça, janela por onde espreito essa sensação ímpar de ser Mocamfe. De sermos, apenas.
- Sempre vai a Sofia da Marta?
As mesmas preocupações e desejos de sempre. Haverá comboios, caminhadas, homens-palhaço, estrelas, muitas e tantas estrelas, mesmo quando não as vemos juntas à primeira – dizia HR de lanterna na mão e ensinava com a mesma paixão do Messiah de Händel tocando ao fundo perto da cruz.
Encher a mochila de futuros. Mochilas “Montecampo”.
Quantas vezes mais escreverei sobre o movimento agora que lá não escrevo?
Tenho uma velha vantagem nesta linha. Estou onde tudo começa e acaba. Onde o mundo treme. Onde a derradeira lágrima ganha corpo. Onde o último abraço rima com cansaço. Onde os comboios se atrasam um pouco, cegos ao relógio grande, porque alegremente coniventes com quem fica e com quem parte
Coimbra B.
E quando alguém dizia e desafiava:
Vamos lá fazer um assalto?
E íamos! Não vamos.
Que saudades e que inveja.
São dias que passam…

2 Comments:

At 9:46 da manhã, Blogger Mónica (em Campanhã) said...

ai D... ai!

 
At 11:12 da tarde, Blogger H em Stª Apolónia said...

vai a Sofia, vai... a da Marta.
por mim vão ainda mais três novos. que maior dádiva conheces ?
enchemos as mochilas e falamos de logística para não falar, ainda, do que sabemos e não dizemos.

 

Enviar um comentário

<< Home

Web Pages referring to this page
Link to this page and get a link back!