a beleza dos orangotangos eternos
Chegaram pela linha os orangotangos eternos do Veríssimo.
A primeira beleza está no prazer de os tirar da caixa do correio e ver envelope de H, aquela letra antiga, a mesma de tantos anos. A mesma sensação H, a mesma.
A segunda beleza está no facto de M acreditar que os adormeceu em VN Mil Fontes, assinando o acto. Mas estes livros de ler muitas vezes não acabam nunca para ninguém. Quando o reenviar pela linha, M voltará ao crime como faz tantas vezes com Molero. E assinará um novo tempo. Buenos Aires?
A terceira beleza, assim que o comecei a ler, foi encontrar «um beijo imenso» num post-it amarelo. Não era de Borges, Veríssimo ou Allan Põe. Era escrito na dita letra antiga, recheio de envelope que sempre as trouxe ordenadas, certas, incisivas e escorreitas como gotas de água, antigo corpo de chuva caindo da caleira para o chão do tempo.
Salut de um Vogelstein!
5 Comments:
chgaram bem, então. o defeito desse livro: acaba num instante.
música francesa, hoje???
Jó, sê sempre benvindo nas nossas viagens.
M, tens razão. O "Salut" ficou insopurtável. Mudei, claro.
Tinhas razão. O "Salut" começava agora a soar a insolência.
Enviar um comentário
<< Home