quarta-feira, julho 05, 2006

a beleza dos orangotangos eternos


Chegaram pela linha os orangotangos eternos do Veríssimo.

A primeira beleza está no prazer de os tirar da caixa do correio e ver envelope de H, aquela letra antiga, a mesma de tantos anos. A mesma sensação H, a mesma.

A segunda beleza está no facto de M acreditar que os adormeceu em VN Mil Fontes, assinando o acto. Mas estes livros de ler muitas vezes não acabam nunca para ninguém. Quando o reenviar pela linha, M voltará ao crime como faz tantas vezes com Molero. E assinará um novo tempo. Buenos Aires?

A terceira beleza, assim que o comecei a ler, foi encontrar «um beijo imenso» num post-it amarelo. Não era de Borges, Veríssimo ou Allan Põe. Era escrito na dita letra antiga, recheio de envelope que sempre as trouxe ordenadas, certas, incisivas e escorreitas como gotas de água, antigo corpo de chuva caindo da caleira para o chão do tempo.
Salut de um Vogelstein!

5 Comments:

At 8:09 da manhã, Blogger Mónica (em Campanhã) said...

chgaram bem, então. o defeito desse livro: acaba num instante.

 
At 8:11 da manhã, Blogger Mónica (em Campanhã) said...

música francesa, hoje???

 
At 11:22 da tarde, Blogger Mónica (em Campanhã) said...

Jó, sê sempre benvindo nas nossas viagens.

 
At 12:04 da manhã, Blogger David (em Coimbra B) said...

M, tens razão. O "Salut" ficou insopurtável. Mudei, claro.

 
At 12:21 da manhã, Blogger David (em Coimbra B) said...

Tinhas razão. O "Salut" começava agora a soar a insolência.

 

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