poema à procura de autor - atribui-se a quem provar tê-lo escrito
"ORDEM DO DIA & CAOS NOCTURNO
de noite... eh pá, vamos beber um copo?
já não bebo um copo contigo há muitas luas.
por onde é que tens andado, que eu nunca te vi na vida?
depois podemos afastar os móveis, há cerveja
no frigorífico, o gato chama-se silvério & eu
beijo-te o sovaco & a boca. as plantas respiram o mar.
campaínha: são duas cobras. vendem manuais
para encantadores de serpentes. as vizinhas compram tudo,
eu fecho a porta. ad usum, as laranjas.
há cerveja no fri... a televisão acendeu-se sozinha?
- sapateado alentejano = espaço (lentamente).
o silvério desligou-a e pôs um disco de free-jazz medieval.
sou um tímido: com os ombros cheios de penhascos.
tenho de usar um shampoo contra esta chatice!
o dia esteve cheio de aviões desviados, julgamentos
de ácidos, atentados ao murro, prémios de totoloto,
vinho verde & açúcar amarelo.
não gosto deste carnaval. & os semáforos.
vamos beber?
já não bebo um copo contigo há muitas luas.
por onde é que tens andado, que eu nunca te vi na vida?"
(recorte de um fanzine dos anos 80 que inadvertidamente deixou o autor de fora; o poema deu o mote a um amor dessa época, eu era o silvério & ele era o gajo tímido, suponho)
de noite... eh pá, vamos beber um copo?
já não bebo um copo contigo há muitas luas.
por onde é que tens andado, que eu nunca te vi na vida?
depois podemos afastar os móveis, há cerveja
no frigorífico, o gato chama-se silvério & eu
beijo-te o sovaco & a boca. as plantas respiram o mar.
campaínha: são duas cobras. vendem manuais
para encantadores de serpentes. as vizinhas compram tudo,
eu fecho a porta. ad usum, as laranjas.
há cerveja no fri... a televisão acendeu-se sozinha?
- sapateado alentejano = espaço (lentamente).
o silvério desligou-a e pôs um disco de free-jazz medieval.
sou um tímido: com os ombros cheios de penhascos.
tenho de usar um shampoo contra esta chatice!
o dia esteve cheio de aviões desviados, julgamentos
de ácidos, atentados ao murro, prémios de totoloto,
vinho verde & açúcar amarelo.
não gosto deste carnaval. & os semáforos.
vamos beber?
já não bebo um copo contigo há muitas luas.
por onde é que tens andado, que eu nunca te vi na vida?"
(recorte de um fanzine dos anos 80 que inadvertidamente deixou o autor de fora; o poema deu o mote a um amor dessa época, eu era o silvério & ele era o gajo tímido, suponho)
1 Comments:
Boas palavras. Quem terá sido o homem/mulher que as juntou? vou beber um copo de acompanhar...
Enviar um comentário
<< Home