linha do norte

Vida nas divindades. Vício recorrente. Na roleta viciada um novo Papa, disseram pastor alemão, na volta do mundo um novo século, passeei, passei hoje pelo Santuário de Fátima dos costumes. Tudo como sempre esteve. Os mesmos cromos, os mesmos crentes, algumas vidas decadentes e outras urgentes, o mesmo comércio sagrado e profano, meia dúzia à chuva no joelhódromo, acto de direito reservado, os funcionários do quadro recolhidos dela em retiro espiritual forçado.

As lágrimas de Deus são húmidas e molham, água benta de Bento XVI, mesmo que protegidas a sobrepeliz, capa pluvial ou somente o solidéu na cabeça, entende-se o recolhimento. Para futuro assento.
Fui saber de Lúcia, como estava. Lá estava. Na Basílica de Nossa Senhora do Rosário (antiga coordenada de M, Ele e Ela saberão porquê! (Aghrrrt Djesás), ao lado da Beata Jacinta Marto, no transepto lateral esquerdo. Pareceu-me bem exposta! Boas cores!
E aprendi uma coisa nova. Milagre. Hosanna nas alturas. Uma crente de portátil nos joelhos, abrigada na azinheira, ensinou:
- É possível estar sem cá vir. Á borliu sem choro nem vela. O Santuário proporciona, via net, pedidos de oração… deixe que rezem por si!
Agora em casa tenho um novo serviço: pedir quem reze por mim. Acredito em quem acredita, mas tenho uma nova opção no teclado: - escolher previamente o Santo do dia na agenda da Caixa de Crédito Agrícola (estão lá todos, por dia, referenciados) e deixar a mensagem de motivação, excepção Lúcia, que ainda está em fase de upgrade, choque tecnológico.

De gravador em punho, sorte feliz, ainda registei uma Lúcia alegre cantando em dueto com um Arcanjo para os veludos do Vaticano: Could we start again, please?